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Operação Vórtex

Ex-autarca de Espinho e empresário ficam em prisão preventiva

14 jan, 2023 - 12:59 • Ricardo Vieira

Miguel Reis e o empresário Francisco Pessegueiro ficam com a medida de coação mais pesada. São suspeitos no âmbito da Operação Vórtex.

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O ex-presidente da Câmara de Espinho Miguel Reis vai aguardar o desenrolar da Operação Vórtex em prisão preventiva, foi este sábado anunciado pelo Tribunal de Instrução do Porto.

O empresário Francisco Pessegueiro também fica com a medida de coação de prisão preventiva.

O advogado do ex-autarca de Espinho disse que a decisão de manter Miguel Reis em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa, é "chocante" e que vai recorrer.

Cinco arguidos foram detidos na terça-feira por suspeitas de corrupção e de outros crimes económico-financeiros cometidos, alegadamente, "em projetos imobiliários e respetivo licenciamento, respeitantes a edifícios multifamiliares e unidades hoteleiras, envolvendo interesses urbanísticos de dezenas de milhões de euros, tramitados em benefício de determinados operadores económicos", segundo a Polícia Judiciária (PJ).

Os arguidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto (TIC), com o Ministério Público (MP) a promover, na sexta-feira, a aplicação da medida de coação de prisão preventiva a Miguel Reis e ao empresário José Pessegueiro. O que foi confirmado este domingo pelo Tribunal.

Os outros três arguidos - o chefe da divisão do Urbanismo José Costa, dois outros empresários e um arquiteto - foram libertados na sexta-feira, disse à agência Lusa fonte policial, acrescentando que estes arguidos podem ficar sujeitos a medidas de coação como a suspensão de funções - no caso do funcionário da autarquia -- ou ao pagamento de uma caução.

Em comunicado divulgado na terça-feira, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que estas cinco pessoas foram detidas na sequência de cerca de duas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local, residências de funcionários desta e diversas empresas sediadas nos concelhos de Espinho e Porto.

Miguel Reis foi ouvido na quinta-feira, durante quase cinco horas, no TIC do Porto, por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências, revelou fonte judicial.

O deputado do PSD, Joaquim Pinto Moreira, também foi alvo de buscas no âmbito da Operação Vórtex e renunciou ao cargo de vice-presidente do grupo parlamentar do partido e de presidente da comissão de assuntos constitucionais.

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  • Manuel Rodrigues
    14 jan, 2023 Loures 14:25
    Gosto da disponibilidade do sr Pinto Moreira para ser investigado. Só que essa disponibilidade resulta do facto de ele saber que com ou sem ela será investigado até onde for preciso. O que ele pretende com essa disponibilidade é dar-nos uma de não comprometimento no caso. Mas isso é o sr juíz e não ele a decidir.

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