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Mau tempo

Governo disponível para apoiar municípios, mas muralha de Valença deve ser reparada pela autarquia

02 jan, 2023 - 12:58 • Redação com Lusa

A parte da fortaleza que caiu na sequência do mau tempo não estava referenciada como sítio de risco. Autarca de Caminha, outro dos concelhos afetados, diz que sem ajuda do Governo não é possível repor normalidade.

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A ministra da Coesão Territorial disse esta segunda-feira que a reparação da muralha da Fortaleza de Valença, que sofreu uma derrocada no domingo na sequência do mau tempo, deve ser assegurada pela câmara local.

“Neste momento, parece-nos que a melhor solução é ser a autarquia a intervir com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte, porque estamos perante um monumento nacional em que a gestão e as intervenções são normalmente feitas pela autarquia”, afirmou Ana Abrunhosa em Valença, durante uma visita à muralha, equipamento afetado pelo mau tempo que se fez sentir durante o fim de semana.

A governante referiu que a derrocada aconteceu num local que não estava identificado como sítio de risco. Para já, acrescentou, é necessário fazer uma primeira intervenção de urgência, de forma a resolver os danos e ver como estão os sítios identificados como sendo de risco para impedir uma derrocada.

“Depois, com um pouco mais de tempo, projetar uma intervenção mais estrutural em toda a muralha, não só para salvaguardar a estabilidade e segurança, mas tendo em conta que o senhor presidente da câmara e a sua equipa planeiam candidatar a muralha a património da Humanidade”, frisou.

"Estaremos cá para apoiar"

No domingo, ao início da tarde, a muralha da Fortaleza de Valença sofreu uma primeira derrocada, tendo a Proteção Civil apontado como motivo o mau tempo que se fez sentir no Norte do país.

A parte da fortaleza que caiu fica na zona da Coroada, junto ao parque de estacionamento do Município de Valença, no distrito de Viana o Castelo.

Durante a tarde "houve mais uma derrocada na continuidade da [parte] que já tinha caído”, relatou o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, salientando ser “bastante grande” o troço da muralha afetado.

Durante a sua visita esta segunda-feira, a ministra Ana Abrunhosa destacou que o Governo está disponível para ajudar os municípios afetados pelo mau tempo na passagem de ano, recordando alguns instrumentos ao dispôr.

"Existe o fundo de emergência municipal, mas primeiro temos de ver os prejuízos. O ideal é que nos próximos 15 anos seja feito o levantamento de danos, depois estaremos cá para apoiar dentro daquilo que legalmente o Governo tem para intervir", indicou a ministra da Coesão.

A ministra destaca ainda os apoios disponíveis para os comerciantes afetados pela chuva forte e cheias.

À Renascença, o autarca de Caminha, outro dos concelhos afetados pela chuva forte, diz que sem a ajuda do Governo será impossível repor a normalidade.

"Temos freguesias com danos muito elevados, com artérias totalmente esventradas, com as infraestruturas totalmente danificadas e só com a ajuda do Governo poderemos repor a normalidade nestas freguesias", indica Rui Lages. "Uma grande parte das nossas freguesias, sobretudo as ribeirinhas, estão totalmente esventradas e portanto precisamos de repor totalmente a normalidade."

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