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​Associação Nacional de Farmácias

Medicamentos para diabéticos em falta. Comparticipação exclusiva não está a ser feita

20 dez, 2022 - 16:18 • Manuela Pires , Cristina Nascimento

Há cerca de dois meses, à Renascença, o presidente do Infarmed assegurava que só os diabéticos teriam direito à comparticipação de medicamentos que estavam em falta nas farmácias porque estavam a ser alvo de elevada procura por pessoas que pretendiam perder peso.

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A presidente da Associação Nacional de Farmácias diz que a comparticipação exclusiva de medicamentos a doentes com determinadas patologias não está a ser feita.

Ema Paulino explica que as farmácias não têm acesso ao historial clínico e, por isso, a dispensa comparticipada é feita a qualquer utente com prescrição.

“Nas farmácias não temos acesso ao diagnóstico médico, portanto, não sabemos qual é a indicação médica para o qual aquele medicamento foi prescrito. Apenas temos indicação do medicamento que foi prescrito pelo médico e a posologia associada e fazemos essa dispensa sem termos conhecimento de qual é que é a indicação terapêutica”, esclarece.

As declarações de Ema Paulino surgem na sequência de denúncias sobre a falta do medicamento Ozempic, usado para o tratamento da diabetes tipo 2, nas farmácias. Este fármaco está indicado para o tratamento da diabetes, mas tem registado elevada procura por quem quer perder peso.

Há cerca de dois meses, à Renascença, o presidente do Infarmed assegurava que só os diabéticos teriam direito à comparticipação. “Essa medida já está a ser implementada no centro de prescrição para que a comparticipação seja exclusiva para os doentes diabéticos”, afirmou Rui Santos Ivo.

Esta terça-feira, no Parlamento, Ema Paulino confirmava que este medicamento continua a ser escasso. “Continuamos com a falta desse medicamento”, explica, acrescentando que estão “a gerir” para tentar que “quem já está a fazer este medicamento” consiga continuar o tratamento.

Além da falta de Ozempic, mais recentemente, tem-se verificado dificuldade de reposição nas farmácias de medicamentos como paracetamol, ibuprofeno e alguns xaropes para crianças.

Ema Paulino assegura que “não são falhas de medicamento que sejam contínuas” e que “tem havido capacidade de reposição”, admitindo, ainda assim, que “algumas pessoas podem não encontrar os medicamentos que necessitam”.

Comentários
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  • Jaime Jorge Pereira
    12 jan, 2024 Castanheira do Ribatejo 14:10
    Sou diabético do tipo 2, sou crónico dos rins estou sujeito a dialise, tenho má circulação, tenho tensão arterial alta, tenho problemas na próstata e há falta da Victoza de 6 mg, as farmácias não têm e dizem vai acabar! É o medicamento Caneta Victoza que falta e que tem-me controlado os diabetes que são prejudiciais aos rins. Que fazer? O Ministro da Saúde diz que os medicamentos mais precisos para doentes crónicos nunca faltará!!!!!! Mas estão em falta. Dizem que pessoas utilizam para emagrecer, por isso não estão nas farmácias. Então deverá haver um cartão de identificação de doente crónico que se deve apresentar na farmácia para adquirir a Victoza 6 mg, e não acabar com o medicamento. Que culpa tem os doentes crónicos se há pessoas que compram para emagrecer!!!!!!! Por isso está a acabar, por esse motivo e assim morrem os doentes crónicos. POR FAVOR AJUDEM-NOS

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