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Covid-19

DGS pede atenção a sintomas de miocardite em crianças após vacina com Pfizer

15 dez, 2022 - 12:10 • Lusa

Direção-Geral da Saúde recorda que foram registados "casos muito raros" de miocardite e pericardite principalmente nos 14 dias posteriores à tomada da vacina.

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A Direção-Geral da Saúde recomenda aos profissionais de saúde atenção aos sinais e sintomas de miocardite e pericardite nas crianças nos primeiros 14 dias após terem recebido a nova vacina contra a Covid-19 da Pfizer.

Na norma "Vacinação contra a covid-19: Vacina Comirnaty Original/Omicron BA.4-5 10µg/dose® - Formulação Pediátrica para 5 a 11 anos de idade", publicada no "site" da DGS, a autoridade de saúde recomenda ainda que, sempre que possível, se respeite um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas, independentemente da vacina (aplica-se também à vacina contra a gripe).

A DGS recorda na norma que foram observados "casos muito raros" de miocardite e pericardite após a vacinação com a Comirnaty que ocorreram principalmente nos 14 dias após a vacinação, mais frequentemente após a segunda dose e em pessoas mais jovens do sexo masculino.

Segundo a autoridade de saúde, o risco de miocardite após uma dose de reforço da nova vacina da Pfizer, desenvolvida para combater especificamente as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron, não foi ainda caracterizado.

Na norma, a DGS apela ainda aos profissionais de saúde para, previamente à vacinação, alertarem as pessoas (incluindo pais ou cuidadores) para a procura de assistência médica imediata caso desenvolvam sintomas sugestivos de miocardite ou de pericardite após a vacinação, como dor no peito aguda e persistente, dispneia ou palpitações.

"Os dados disponíveis sugerem que o curso clínico da miocardite e da pericardite após a vacinação não é diferente da miocardite e da pericardite em geral, ou seja, tem normalmente uma evolução benigna, após repouso e/ou tratamento sintomático", lê-se no documento.

No caso de ocorrer este problema após a primeira administração, a dose seguinte deve ser adiada, pelo menos, até à resolução completa do quadro clínico e o benefício da sua administração deve ser avaliado caso a caso, pelo médico assistente, refere a DGS.

A Direção-Geral da Saúde adianta que ainda não está estudada a interação desta vacina com outras vacinas, sublinhando que, para permitir a valorização de eventuais efeitos adversos, a administração da Comirnaty ao grupo etário dos 5 aos 11 anos "deve, sempre que possível, respeitar um intervalo de duas semanas em relação à administração de outras vacinas".

"Contudo, se tal implicar um risco de não vacinação, a mesma não deve ser adiada", ressalva.

As reações adversas muito frequentes são ligeiras ou moderadas em intensidade e resolvidas alguns dias após vacinação: dor no local da injeção, fadiga, dor de cabeça, calafrios, dor nas articulações, febre (mais frequente após a 2ª dose, em comparação com a 1ª dose), tumefação e rubor no local da injeção.

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