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Produção de azeite deverá ter quebra até 50% nesta campanha

12 dez, 2022 - 11:35 • Lusa

A seca é a principal razão apontada pela Associação que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.

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A produção nacional de azeite deverá registar uma quebra de até 50%, face à campanha anterior, devido à seca e ao facto de se estar a realizar em contrassafra, apontou a secretária-geral da Casa do Azeite à Lusa.

"Estima-se que a produção nacional possa sofrer uma quebra de 30%-40% em relação à campanha anterior. Em algumas regiões de olival tradicional, essas quebras podem mesmo atingir os 50%", afirmou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, em resposta à Lusa.

Segundo esta responsável, a quebra na produção deve-se ao facto de esta ser uma "campanha de contrassafra", mas também à seca.

O olival tradicional, de sequeiro, é o mais afetado pela seca, destacando-se as regiões de Trás-os-Montes e Beiras, onde predomina este tipo.

No que diz respeito à região do Alentejo, com olivais em sebe, de regadio, verificou-se "alguma quebra" devido às elevadas temperaturas "na altura da floração e da contrassafra".

Ainda assim, a descida será inferior à registada nos olivais de sequeiro.

As exportações portuguesas de azeite aumentaram 36% em volume e 57% em valor, entre janeiro e outubro, mas as vendas internas recuaram cerca de 14% face a 2021, segundo dados avançados pela Casa do Azeite.

Por mercado, destacam-se, com os maiores aumentos, Itália (+84%) e Espanha (+55%), no que se refere à exportação de azeite a granel.

Já o Brasil continua a ser o principal mercado de destino do azeite embalado, com as exportações a crescerem 6,5%, face ao mesmo período de 2021.

Com atividade desde 1976, a Casa do Azeite é uma associação patronal de direito privado, que representa a quase totalidade das associações de azeite de marca embalado em Portugal.

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