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Inundações de Faro são consequência da chuva: "são situações pontuais, sobre as quais pouco pode ser feito"

05 dez, 2022 - 19:54 • Lusa

Autarca Rogério Bacalhau assegura que “as inundações não resultaram da falta de limpeza das sarjetas, dado que durante o dia de domingo os serviços municipais procederam à sua limpeza nas zonas tido como das mais problemáticas”.

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O presidente da Câmara de Faro considera que as inundações que afetaram a cidade na manhã desta segunda-feira resultaram da chuva intensa que caiu num curto espaço de tempo, “e não por um inadequado sistema" de escoamento de águas pluviais.

“Quando a intensidade de chuva tem estes valores é impossível ter soluções, porque qualquer que seja o escoamento não consegue dar vazão a situações com esta intensidade de água”, disse à agência Lusa Rogério Bacalhau (PSD).

De acordo com o autarca, a chuva intensa, como a que ocorreu ao início da manhã desta segunda-feira, e que provocou inundações, com danos materiais, “são situações pontuais, sobre as quais pouco pode ser feito, a não ser minimizar os danos e socorrer as pessoas e bens”.

“Lamento o que aconteceu, compreendo as pessoas, as suas preocupações, que se vêm desesperadas face a estas ocorrências, mas não há grandes ações a fazer por parte da Câmara, porque assim que a chuva parou o escoamento da água foi imediato”, indicou.

Rogério Bacalhau sublinhou que o sistema de escoamento de águas pluviais da cidade de Faro “não é inadequado, porque assim que houve diminuição da intensidade pluvial, a água desapareceu, demonstrando que está a funcionar adequadamente”.

“Se tivéssemos um sistema diferente, provavelmente, face à chuva intensa num curto espaço de tempo, teríamos inundações na mesma”, notou.

O autarca referiu ainda que “as inundações também não resultaram da falta de limpeza das sarjetas, dado que durante o dia de domingo os serviços municipais procederam à sua limpeza nas zonas tido como das mais problemáticas”.

Segundo o responsável, a chuva intensa que fustigou o concelho, com maior incidência no centro da cidade, “não afetou habitações que obrigassem ao realojamento de pessoas”.

“Além dos danos causados aos comerciantes, a chuva esteve na origem da derrocada de uma parede de uma casa devoluta na cidade velha, estrutura que estava sinalizada pela Proteção Civil. Uma das paredes ruiu e danificou uma viatura que estava estacionada”, concluiu.

A intensa chuva que caiu ao início da manhã provocou inundações, bloqueio de estradas e impediu a abertura de escolas e estabelecimentos comerciais no concelho de Faro.

O coordenador da Proteção Civil Municipal de Faro, Rui Graça, precisou à agência Lusa que a chuva que caiu no espaço de uma hora, entre as 07h00 e as 08h00, “provocou inundações um pouco por todo o concelho, sendo o centro da cidade a zona mais afetada”.

Rui Graça frisou que o sistema de drenagem de águas pluviais "teve dificuldade em escoar o grande caudal de água registado num tão curto espaço de tempo, considerando que a situação era difícil de controlar”.

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