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Diretores clínicos do hospital de Ponta Delgada deverão retirar demissão

03 dez, 2022 - 03:12 • Lusa

Segundo o presidente do Governo Regional, os médicos estão "empenhados em resolver o problema" e a "fazer um recomeço" para assegurar o "bom funcionamento" da unidade hospitalar.

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O presidente do Governo dos Açores disse ter a garantia de que os diretores dos serviços clínicos vão "mudar o comportamento" e retirar a demissão, após a saída da presidente do hospital de Ponta Delgada.

"Não quero falar em nome dos senhores diretores, mas o que me transmitiram é que, perante estas soluções e estes compromissos, iriam mudar o seu comportamento. Portanto, o que eu interpreto é que a alteração de comportamentos, naturalmente, implicará uma retirada da demissão", declarou.

O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, falava, esta sexta-feira, na sede da Presidência em Ponta Delgada, após um encontro com os diretores de serviço do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).

A reunião surgiu depois de 21 dos 25 diretores dos serviços do hospital de Ponta Delgada se terem demitido.

Na sequência dessa decisão, a presidente da administração do Hospital do Divino Espírito Santo, Cristina Fraga, apresentou o pedido de demissão, que foi aceite pelo líder do Governo dos Açores.

"A doutora Cristina Fraga, que se reconheceu como sendo um problema, queria preferencialmente ser parte da solução", afirmou o presidente do executivo açoriano.

José Manuel Bolieiro adiantou ainda que os médicos se "vão empenhar" para garantir que escala de urgência em dezembro seja "maioritariamente asseguradas pelos próprios profissionais do HDES" e com uma utilização "residual" de tarefeiros.

Segundo o presidente do Governo Regional, os médicos estão "empenhados em resolver o problema" e a "fazer um recomeço" para assegurar o "bom funcionamento" do Hospital de Ponta Delgada.

José Manuel Boleiro reconheceu a necessidade de resolver o "mal-estar" interno no maior hospital dos Açores e reiterou que não existiu "intenção de ofensa" nas declarações de membros do Governo Regional sobre os médicos.

O presidente do executivo açoriano aludia às afirmações do vice-presidente, Artur Lima (CDS-PP), que em 11 de novembro considerou que os médicos "não podem usar o dinheiro como moeda de troca para dispensar" a prestação de cuidados.

Em novembro, cerca de 400 médicos (191 do Hospital do Divino Espírito Santo) manifestaram indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas de trabalho extraordinário obrigatórias por lei, reclamando um pedido de desculpas do vice-presidente do executivo.

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