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Esposende. Retirada de vítimas em deslizamento de terra será "operação demorada"

23 nov, 2022 - 10:00 • Lusa

Quatro pessoas da mesma família foram retiradas ilesas, mas no interior permanecem duas vítimas mortais. PJ investiga causas do deslizamento de terras.

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O resgate dos corpos das duas vítimas mortais provocadas por um deslizamento de terra que aconteceu esta madrugada em Palmeira de Faro, em Esposende, "será uma operação demorada", adiantou no local o responsável pelas operações.

"Está a ser feita uma avaliação por parte dos engenheiros da Câmara e só depois disso será feita a estabilização da habitação para podermos fazer as manobras de retirada das vítimas. Será, certamente, uma operação demorada", disse Rui Costa, 2.º Comandante da Proteção Civil de Braga.

O responsável informou que as duas vítimas mortais são um jovem casal, de 22 anos, que se encontrava "no primeiro andar da habitação" quando esta foi atingida por um deslizamento de terras, nomeadamente por pedras de grandes dimensões.

Na habitação unifamiliar com três pisos estavam seis pessoas: um casal com cerca de 50 anos e duas crianças, de 2 e 12 anos, que saíram ilesos. No interior permanecem as duas vítimas mortais, uma masculina e outra feminina, ambas com 22 anos.

Causas da tragédia investigadas

O 2.º Comandante disse que os técnicos ainda estão avaliar as causas do acidente, mas confirmou que os primeiros indícios apontam para que tenha sido causado pela chuva que se fez sentir nesta região do Minho. "[O deslizamento] foi, possivelmente, foi causado pela chuva, mas tal carece de confirmação dos técnicos no local, que vão ter apoio de mais dois engenheiros da Universidade de Minho. Serão as autoridades a avaliar as causas."

Rui Costa informou ainda que as "casas contíguas não correm perigo, mas que, por precaução, foram alertados os moradores que deveriam sair do local" enquanto as operações decorrerem.

A Polícia Judiciária está a investigar as circunstâncias do deslizamento de terra registado esta madrugada.

Fonte da PJ disse à Lusa que já foi feita uma primeira deslocação de inspetores ao local, designadamente para recolha de informação e registo fotográfico. "Posteriormente, quando a situação no terreno estiver consolidada e tivermos luz verde da Proteção Civil, voltaremos lá para continuar a investigação", acrescentou.

No local estão 27 operacionais e 12 veículos, dos bombeiros de Esposende e Viatodos e do INEM, além do Serviço de Proteção Civil de Esposende, GNR, Polícia Judiciária e psicólogos da autarquia de Esposende.

O alerta para o deslizamento de terra foi dado às 3h55.

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