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Associação sindical da PSP diz que "faz todo sentido manter-se" manifestação de dia 24

10 nov, 2022 - 01:45 • Lusa

Apesar das promessas do ministro da Administração Interna de rever os suplementos salariais para os agentes em 2023, o presidente da ASPP lembra que o protesto “não se resume a questões da tabela salarial”. Envelhecimento do efetivo, pré-aposentação, higiene e saúde e trabalho suplementar também estão entre as reivindicações.

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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considera que "faz todo o sentido manter-se" a manifestação do dia 24, sendo apenas cancelada caso a tutela apresente uma proposta “bastante considerável tendo em conta a realidade”.

“A manifestação faz todo o sentido manter-se apesar de estarmos disponíveis para anular a manifestação se o ministro apresentar uma proposta bastante considerável tendo em conta a realidade. Está nas mãos do ministro também responder a estas exigências e reivindicações”, disse o presidente da ASPP, Paulo Santos, no final de uma reunião com o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro e a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, reuniram-se hoje com as estruturas socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e sindicatos da Polícia de Segurança Pública no âmbito da negociação coletiva sobre valorização salarial nas forças de segurança.

Paulo Santos sublinhou que a manifestação agendada pela ASPP para o dia 24 de novembro “não se resume a questões da tabela salarial”, tendo outras razões, como o envelhecimento do efetivo, pré-aposentação, higiene e saúde e trabalho suplementar.

O presidente do maior sindicato da PSP ressalvou que “há espaço para estar na rua com as lutas” dos polícias e “para estar ao mesmo tempo nas negociações” com o Governo.

Paulo Santos indicou que no encontro de hoje não houve grandes novidades em relação ao apresentado na última reunião, mantendo o Ministério da Administração Interna (MAI) os mesmos valores de aumentos salariais para 2023, sendo a única alteração os impactos fiscais, designadamente que as subidas dos vencimentos não vão são absorvidos pelo IRS.

Em resposta ao pedido feito pela tutela, a ASPP vai apresentar uma contraproposta ao MAI, que já está preparada há dois meses, na qual defende uma revisão da tabela remuneratória.

“Vamos propor um aumento de salários e responder a algumas incongruências que existem entre postos que esta proposta do Governo não responde”, disse.

O dirigente considerou que a tabela remuneratória deve ser olhada “no seu todo” e de “uma forma global”, valorizando todos os polícias que estão na PSP, “o que não acontece com a proposta atual do Governo”.

O sindicalista disse ainda que a ASPP vai apresentar uma contraproposta, mas não tem “uma expectativa elevada” sobre a concretização das propostas.

Segundo a proposta do MAI, haverá um aumento salarial na base da carreira dos agentes da PSP e guardas da GNR na ordem dos 100 euros, que varia entre os 90 e os 107 euros, e depois a partir daí em todos os níveis remuneratórios haverá um aumento médio de 50 euros até aos 2.700 de remuneração. Acima dos 2.700 euros há um aumento de 2%, o que significa variações entre os 60 e 100 euros.

Numa nota publicada após as reuniões, o MAI refere que o ministro garantiu que os polícias vão ter “ganhos reais em todos os escalões e níveis remuneratórios mesmo depois dos descontos para o IRS”.

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