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Modernizar redes de transporte e distribuição de energia é fundamental, defende Jorge Vasconcelos

29 out, 2022 - 22:11 • Lusa

Mais do que investir em interligações entre França e Espanha, o investimento nas redes elétricas nacionais é "absolutamente fundamental" para acelerar a descarbonização e continuar a gerir seguramente o sistema sem riscos de instabilidade ou de eventuais interrupções de serviço, segundo o antigo presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) Jorge Vasconcelos.

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O antigo presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) Jorge Vasconcelos considera "absolutamente fundamental" que se modernizem as redes de transporte e distribuição de energia, com a atual situação a bloquear investimentos nas energias renováveis.

Mais do que investir em interligações entre França e Espanha, o investimento nas redes elétricas nacionais é "absolutamente fundamental" para acelerar a descarbonização e continuar a gerir seguramente o sistema sem riscos de instabilidade ou de eventuais interrupções de serviço, defende.

Numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, hoje divulgada, Jorge Vasconcelos lamenta que não haja investimento na melhoria e expansão das redes. E acrescenta: "A prova disso é que temos hoje uma lista de investidores dispostos a construir, sem qualquer subsídio, centrais renováveis no nosso país, e não tem autorização para o fazer porque não há capacidade de rede".

Jorge Vasconcelos enfatiza que esse tipo de investimento é privado. "Não precisamos de dinheiros públicos para modernizar o nosso sistema energético", disse na entrevista, frisando que investir nas redes de eletricidade é uma "decisão estratégica" que depende apenas de Portugal e não da União Europeia.

Na entrevista, deixa um apelo: "por favor, comecemos, relancemos os investimentos privados nas redes de eletricidade".

De acordo com o responsável, os operadores continuam "prisioneiros de um modelo de organização do setor elétrico do passado" e não prepararam as redes para absorver uma grande capacidade de novos recursos de geração de eletricidade.

O antigo presidente da ERSE também defendeu como "boa opção" o regresso à tarifa regulada de gás e eletricidade. .

"Aconselho todos os cidadãos a adotarem (a tarifa regulada), porque nestas circunstancias, com estes preços de mercado, é a que garante, no gás natural e na eletricidade, condições mais estáveis e mais vantajosas", disse.

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