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Operação Alquimia. Detido presidente da Câmara de Montalegre

27 out, 2022 - 13:39 • Rosário Silva

Os três detidos, entre os quais o autarca Orlando Alves, estão indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, abuso de poder e participação económica em negócio.

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O presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, foi detido, esta quinta-feira, pela Polícia Judiciária (PJ), avança a CNN Portugal.

Os outros dois detidos no âmbito da Operação Alquimia são o vice-presidente, David Teixeira, e um funcionário da autarquia, adianta fonte policial à agência Lusa.

“Os detidos, dois titulares de cargos políticos e um funcionário, encontram-se indiciados pela prática dos crimes de associação criminosa, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e participação económica em negócio”, refere um comunicado da PJ, enviado à Renascença, que não refere a identidade dos detidos.

A operação policial para “cumprimento de mandados de detenção e de buscas, no âmbito de investigação da criminalidade económico-financeira”, foi levada a cabo pela diretoria do Norte da PJ, em colaboração com o Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, em inquérito crime titulado pelo Ministério Público, através do seu Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto.

“Foram executadas dezenas de buscas, domiciliárias e não domiciliárias, que visaram os serviços de uma autarquia local e diversas empresas nos concelhos de Montalegre, Braga, Famalicão e Vila do Conde, tendo-se procedido à detenção de três indivíduos”, é revelado.

A investigação prende-se, ainda de acordo com a Judiciária, “com um volume global de procedimentos de contratação pública, no período de 2014 a 2022, suspeitos de viciação para benefício de determinados operadores económicos, num valor que ascende a 20 milhões de euros”.

Foi ainda apreendida documentação diversa relativa “à prática dos factos e material informático com possível alcance probatório”.

Os detidos vão agora ser presentes ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

Em comunicado, a Câmara de Montalegre adianta que os autarcas estão disponíveis para prestar os esclarecimentos que forem necessários "no tempo e lugar próprios".

[notícia atualizada às 16h52]

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