29 set, 2022 - 13:17 • Lusa com redação
A associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde (APTAS) apelou, esta quinta-feira, à retoma das negociações com o Governo. Em cima da mesa está a criação da carreira para estes profissionais, prevista no Orçamento do Estado 2022.
O presidente da APTAS, João Fael, lembra que as negociações estavam previstas começar “segunda quinzena de setembro e ficaram adiadas com a mudança na tutela da Saúde”. No entanto, o responsável acredita que ainda é possível concluir a criação da carreira até final do ano uma vez que “a maior parte do trabalho foi feito na anterior legislatura, mas depois caiu o Governo”.
João Fael adianta que na anterior legislatura o grupo de trabalho já ouviu as ordens profissionais, sindicatos, a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, entre outras entidades. “E esse trabalho é aproveitado, não é deitado fora”.
“Estou convencido de que o que falta é acertar a parte sempre difícil das tabelas remuneratórias de quem efetivamente entrará para a carreira”, afirmou.
A APTAS pretende que a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde seja alocada nas carreiras de assistentes técnicos e que não fique no âmbito da categoria de assistentes operacionais. Nesse sentido, a Associação já pediu uma reunião com a nova equipa do ministério da saúde, mas, ainda, aguarda resposta.
No final de junho, num debate parlamentar, o primeiro-ministro, António Costa, assegurou que a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde está prevista no Orçamento do Estado para 2022.
Segundo João Fael, além dos cerca de 28.000 auxiliares de saúde que trabalham no SNS, há ainda os dos setores privado e social, num total que ronda os 150.000 em todo o sistema de saúde nacional.