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Ciberataques. "Grau de preparação ainda insuficiente" em Portugal

28 set, 2022 - 20:00 • Pedro Mesquita com Redação

O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança refere que tem havido aumento sucessivos de ciberataques, desde 2019.

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A conversa com Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança
A conversa com Lino Santos, coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança

Haverá "cada vez mais incidentes" de ciberataques em Portugal, avisa o coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Lino Santos, em declarações à Renascença.

O alerta surge depois do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) ter sofrido um novo ciberataque contra o seu sistema informático esta semana.

O Diário de Notícias escreve esta quarta-feira que o gabinete da ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras confirmou o ataque, adiantando que já foi reportado ao “Ministério Público a ocorrência de um ataque informático à rede do EMGFA”.

À Renascença, na sequência deste ataque, o especialista Lino Santos começa por referir que há um aumento dos ataques informáticos, desde 2019, em Portugal.

"Houve um crescimento de 80% em 2020 e um de 30% em 2021. Este ano, 2022, temos de facto mantido esta tendência de crescimento forte, associado a uma maior mediatização", expõe.

Por outro lado, o perito aponta que há "uma maior consciência dos gestores e das organizações que tratam dos nossos dados pessoais". No entanto, "temos os incidentes a acontecer e temos as empresas com um grau de preparação ainda insuficiente para lidar com este tipo de situações".

"Nesse sentido, apostamos na produção de referenciais de boas práticas e de normas técnicas que ajudam a minimizar, não a evitar. E ações que visam a formação de pessoas, tornando-as especialistas em cibersegurança", indica.

O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança explica que qualquer ataque informático "cria uma situação de enorme stress às organizações", contudo há vários métodos a utilizar pelas entidades para se protegerem.

"Se tivermos cópias de segurança fora das instalações e offline, podemos recuperar rapidamente e retomar a resposta", aponta.

Lino Santos diz que a cibersegurança "está numa fase interessante", porque a maioria dos organismos do Estado têm projetos do PRR para o reforço da componente digital.

"O Centro Nacional de Cibersegurança, no seu projeto de PRR, tem uma forte aposta na qualificação dos recursos humanos. Temos outra grande atividade para apoiar as empresas na sua maturidade em cibersegurança, quer na componente preventiva, quer na capacidade de reação", revela.

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