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CCDR-Norte quer linha de alta velocidade Porto-Vigo concluída nos prazos anunciados

21 set, 2022 - 21:31 • Lusa

A estimativa da empresa pública aponta agora para cerca de 1.250 milhões de euros, quando a apresentação inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro de 2020, apontava para 900 milhões de euros.

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) disse esperar que os Governos de Portugal e Espanha "mantenham o compromisso" de consumar a linha ferroviária de alta velocidade Porto-Vigo nos prazos anunciados.

"Aquilo que pedimos, acreditamos e queremos é que, de facto, os governos dos dois países [Portugal e Espanha] mantenham o seu compromisso com este projeto e mantenham sobretudo a determinação em garantir que o projeto vai ser consumado dentro dos prazos anunciados", destacou António Cunha, no decorrer de um encontro com os representantes dos governos regionais da Galiza e de Leão e Castela para definir as propostas a apresentar na Comissão Luso-Espanhola de Cooperação Transfronteiriça. .

Aos jornalistas, o presidente da CCDR-Norte destacou que a linha ferroviária de alta velocidade é de "grande importância" para a eurorregião.

"Para a eurorregião não tenho problema em dizer que é o projeto de maior importância estrutural quer pela ligação que faz, quer pelo "networking" entre sistemas ao fazer ligação ao aeroporto", observou.

A fase 1 da ligação ferroviária de alta velocidade entre o Porto e Vigo poderá vir a custar mais 350 milhões de euros do que o previsto inicialmente, segundo um documento apresentado por um diretor da IP, José Carlos Clemente, feita em 21 de fevereiro.

A estimativa da empresa pública aponta agora para cerca de 1.250 milhões de euros, quando a apresentação inicial do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, divulgada em outubro de 2020, apontava para 900 milhões de euros.

Em causa está a ligação entre Braga (Tadim) e Valença, no distrito de Viana do Castelo, fase 1 da linha Porto - Vigo, cuja conclusão está prevista, segundo o documento da IP, para 2029/2030.

Quanto às outras fases, a segunda, prevista para depois de 2030, compreende a ligação do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Maia) para o Minho e a Galiza, e está estimada em 350 milhões de euros pela IP.

No decorrer do encontro de preparação para a Comissão Luso-Espanhola de Cooperação Transfronteiriça, António Cunha destacou que outras ligações rodoviárias "continuam na ordem do dia", tais como a ligação entre Bragança e Puebla de Sanabria, e Macedo de Cavaleiros e Gudinã.

A Comissão Luso-Espanhola de Cooperação Transfronteiriça decorre na quinta-feira no hotel The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e visa preparar os documentos a serem, posteriormente, integrados nos trabalhos da Cimeira Ibérica, que decorrerá na zona do Alto Minho em outubro.

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