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Incêndios na Serra da Estrela. Plataforma exige suspensão das portagens na A23 e A25

01 set, 2022 - 18:46 • Lusa

Utentes das antigas SCUT do Interior Centro lembram que a região foi “forte e dramaticamente fustigada por incêndios que causaram danos ambientais, económicos e sociais, cuja dimensão e gravidade justificou a declaração do estado de calamidade” por parte do Governo.

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A Plataforma P’la Reposição das SCUT A23 e A25 exige ao Governo a suspensão do pagamento das portagens naquelas vias, no âmbito da declaração do estado de calamidade decretado face aos incêndios na serra da Estrela.

“Atentos ao agravamento da situação decorrente dos incêndios e ao aumento dos custos de contexto, a Plataforma P’la Reposição das SCUTs no Interior vem solicitar que, no âmbito da declaração do estado de calamidade, o governo adote de imediato a medida de suspensão do pagamento das portagens nestas vias, medida que mereceu o compromisso e atenção da secretária de Estado do Turismo, e que, no Orçamento de Estado para 2023, aprove e implemente a eliminação completa do pagamento de portagens na A23, A24 e A25”, refere a organização.

Em comunicado, a Plataforma salientou que, recentemente, a região, em particular a serra da Estrela, foi “forte e dramaticamente fustigada por incêndios que causaram danos ambientais, económicos e sociais, cuja dimensão e gravidade justificou a declaração do estado de calamidade” por parte do Governo.

Lembram ainda que o património natural e ambiental foi amputado e a atividade económica sofreu danos que vão muito além dos impactos imediatos, uma vez que se irão repercutir por muito tempo na vida dos produtores agrícolas e florestais, na pastorícia e na produção de queijo, na atividade artesanal e turística.

A Plataforma P’la Reposição das SCUT sublinhou que, desde a pandemia de Covid-19, vem exigindo a suspensão do pagamento de portagens no Interior (A23, A24 e A25) e reafirmou essa exigência, desde o início deste ano, devido ao “aumento desmesurado” do preço dos combustíveis, da energia, do gás e dos bens de primeira necessidade.

Tudo isto “associado ao custo das portagens e de outras taxas e impostos, torna incomportáveis as deslocações do Interior para o Litoral e vice-versa, debilitando, ainda mais, a economia do Interior, agravando os indicadores demográficos de envelhecimento da população, de despovoamento com a emigração dos mais jovens, em especial os mais qualificados, e da diminuição da capacidade competitiva do Interior numa economia globalizada”.

Entretanto, também esta quinta-feira, a Plataforma lançou um manifesto sob o lema “Juntos Reclamamos a Reposição das SCUTs no Interior (A23, A24 e A25)”, que vai circular junto da população em geral, autarquias, instituições e outras entidades para recolha de assinaturas.

O documento tem como objetivo, perante o Governo e a Assembleia da República, reclamar a reposição das SCUTs no Interior, através da eliminação das portagens na A23, A24 e A25.

A Plataforma P'la Reposição das SCUT nas autoestradas A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda – a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.

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