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Ministra da Justiça rejeita aumento de penas para incendiários

23 ago, 2022 - 19:04 • Lusa

Governo está "a investir em cada vez mais meios" de investigação, afirma Catarina Sarmento e Castro.

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A ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, discorda de um eventual agravamento das penas aplicadas aos autores de incêndios.

"Creio que a pena está neste momento ajustada", afirmou Catarina Sarmento e Castro, questionada em Coimbra pela agência Lusa.

A ministra adiantou que tem "ouvido várias intervenções de dirigentes dos próprios órgãos de polícia criminal", incluindo da Polícia Judiciária (PJ), que "têm manifestado esta mesma opinião".

"O que estamos a fazer, por um lado, é a trabalhar na prevenção" dos incêndios rurais, referiu, indicando que, por outro lado, o Governo está "a investir em cada vez mais meios" de investigação, tanto para a PJ, como para a GNR.

A 14 de agosto, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, disse que este ano foram detidos 119 suspeitos do crime de incêndio florestal, salientando o trabalho de fiscalização e inspeção.

Portugal regista este ano um aumento da área ardida. Já foi ultrapassada a barreira dos 100 mil hectares consumidos pelos incêndios este ano. De acordo com os dados oficiais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, desde 1 de janeiro já arderam 102.710 hectares.

É uma área maior do que aquilo que ardeu no total dos últimos dois e, nesta altura do ano, 61% mais do que a média da última década.

Comentários
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  • JM
    24 ago, 2022 Seixal 15:13
    Incendiários, podem continuar a pegar fogo ao nosso património e a hipotecar as gerações futuras, para que cada vez chova menos e haja menos água potável, podem contribuir para a desertificação do país, para o aquecimento global, para aumento da temperatura da água do mar, para o aumento de doenças respiratórias, que não há problema, a ministra da justiça está com vocês. Se este ano forem novamente apanhados em flagrante estejam à vontade, as penas estão devidamente ajustadas. Basta uma ida ao posto da GNR mais próximo uma ou duas vezes por semana, ou uma pulseira eletrónica para ficarem em casa “à fresquinha” por uns dias, a correr os vários canais de televisão, a apreciar as catástrofes que criaram. Para o próximo ano não se inibam, podem voltar a incendiar Portugal inteiro que não vão presos. A ministra da justiça já anunciou que o governo está a investir em mais meios de investigação para a PJ e GNR e talvez mais uns milhões do erário público para a prevenção e combate a incêndios, para as autarquias, os bombeiros e empresas que faturam milhões com este negócio.
  • ze
    23 ago, 2022 aldeia 20:11
    è quase o mesmo de dar autorização para pegarem fogo á vontade.......depois vão ao juíz e este manda-os para casa, e depois de uns dias lá vão novamente pegar fogo a uma mataE inconcebivel esta atitude,se isto não é terrorismo....o que é? desporto?

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