Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Foz Côa. Água pode começar a faltar nas torneiras em setembro

03 ago, 2022 - 18:02 • Lusa

Autarquia preocupada com níveis "muito críticos" de água. "O ponto de rutura será atingido já no mês de setembro" na albufeira de Ranhados.

A+ / A-

O município de Foz Côa, no distrito da Guarda, mostra-se preocupado com os níveis "muito críticos" de armazenamento de água existentes na albufeira da barragem de Ranhados que abastece aquele concelho, disse à Lusa o vice-presidente da câmara.

"O ponto de rutura será atingido já no mês de setembro, caso se continuem a registar os consumos atuais diários de 640 litros/dia, de água por pessoa, quando o desejável deveria ser 200 litros/dia", explicou Pedro Duarte.

O autarca do distrito da Guarda, indica ainda que, "caso não chova nem se registem alterações ao consumo, as previsões para o mês de setembro [são que] a água não chegará às torneiras dos habitantes do concelho de Foz Côa".

"As alterações climáticas e falta de chuva fizeram com que os níveis de água na barragem de Ranhados, situada no vizinho concelho da Meda, baixassem para níveis verdadeiramente alarmantes e poderemos ficar, a curto prazo, com sérios problemas no abastecimento de água às populações", vincou o autarca.

De acordo com Pedro Duarte, apesar das medidas que têm vindo a ser tomadas nos últimos dois meses pelo conjunto dos municípios abastecidos por esta albufeira - Foz Côa, Mêda (Guarda), São João da Pesqueira (Viseu) e uma freguesia de Tabuaço (Viseu) - "a verdade é que os consumos de água se agravaram, principalmente no que diz respeito a Foz Côa", disse.

"No concelho de Foz Côa, há três freguesias que não são abastecidos por esta barragem, como Orgal, Alemendra e Castelo Melhor, mas a situação é preocupante", vincou.

Agora, os municípios que são abastecidos de água por esta barragem estão a articular "estratégias" para manter o abastecimento de água à rede pública.

Por seu lado, o município de Vila Nova de Foz apelou, através de nota publicada nas suas redes socais, ao "uso consciente e responsável da água e para a não utilização para outro fim que não o doméstico".

"Só o uso consciente deste bem tão precioso e essencial à vida, pode mitigar este problema grave que afetará todos num futuro bem próximo", justificou aquela autarquia no mesmo documento.

Segundo Pedro Duarte, "cada gesto poderá fazer a diferença, tendo mesmo a autarquia congelado para setembro eventos públicos, as fontes de águas existentes no concelho estão fechadas, as regas dos jardins foram suspensas, os equipamentos desportivos encerraram os balneários e há uma campanha em curso para deteção de fugas de água na rede pública de abastecimento".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • EU
    03 ago, 2022 PORTUGAL 21:39
    Pois é meus amigos, há quanto tempo EU ando a dizer, aqui RR, que a NOSSA ÁGUA, de inverno, vai parar ao MAR? Em Vila Nova de Foz Coa temos RIOS bons. O Douro, o Coa e o Sabor. Não temos é HOMENS de pulso. Mas há MAIS..............

Destaques V+