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Inspeção-Geral da Saúde abre inquérito após morte de bebé

28 jul, 2022 - 20:00 • Ricardo Vieira

A mulher deslocou-se ao Hospital de Santarém, uma vez que a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Abrantes estaria fechada.

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O secretário de Estado adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou esta quinta-feira à tarde que a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito à morte de um bebé no Hospital de Santarém.

"A IGAS abriu um processo de inspeção para perceber se a deslocação ao Hospiral de Santarém se deveu à impossibilidade de ser atendida no Hospital do Médio Tejo, e se lhe foram prestados os cuidados de saúde adequados", disse em conferência de imprensa, Lacerda Sales.

Já antes, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) também tinha aberto um inquérito após uma grávida ter perdido o filho, O caso aconteceu na quarta-feira.

Sem a conclusão dos dois inquéritos, o governante diz que é prematuro fazer mais declarações.

A mulher, de 41 anos e com uma gravidez considerada de risco, deslocou-se ao Hospital de Santarém, uma vez que a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Abrantes estaria fechada.

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) adiantou, em comunicado citado pela CNN Portugal, que na quarta-feira a grávida foi admitida na urgência de ginecologia e obstetrícia, "que se encontrava a funcionar em pleno".

A grávida não foi acompanhada e vigiada pelo Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HDS, mas “recorreu, por iniciativa própria, a esta instituição por suspeita de início de trabalho de parto”, refere o Hospital Distrital de Santarém.

A equipa médica daquela unidade “diagnosticou uma morte fetal in útero", sublinha o comunicado.

O secretário de Estado da Saúde, Larcerda Sales, quis "lamentar a morte do bebé, e apresentar a minha solidariedade com a família do bebé, independentemente da causa real e do decorrimento do processo", adiantou.

O Centro Hospitalar do Médio Tejo, que integra os hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas, anunciou a abertura de um inquérito ao caso e adianta que a mulher "não foi acompanhada ou vigiada pelo serviço de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT".

A grávida terá ido apenas ao Hospital de Abrantes no dia 18 de julho para a realização de um CTG, segundo o Centro Hospitalar do Médio Tejo.

No final da reunião do conselho de ministros desta quinta-feira, a ministra da Presidência pronunciou-se sobre o caso.

Mariana Vieira da Silva endereçou condolências à família e confirmou a abertura de um inquérito por parte do hospital.

“Além das condolências a prestar às famílias,a informação de que disponho neste momento é a que existe na comunicação social e que decorre dos comunicados do Hospital de Santarém e do Hospital do Médio Tejo. Não existe ainda uma evidência do exato historial. Não é isso que mais importa neste momento para a família, mas eu neste momento não tenho mais nada a acrescentar a não ser que o Hospital do Médio Tejo anunciou que abriu um inquérito e que é preciso aguardar pela informação”, disse a ministra da Presidência.

[notícia atualizada às 19h56]
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