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Português propõe à Comissão Europeia criação do Dia Europeu "Whatever it Takes"

25 jul, 2022 - 08:27 • Lusa

Rui Duarte fala de "um ato simbólico de europeísmo e uma alavanca para encorajar as instituições públicas europeias a enfrentarem com firmeza os tempos turbulentos que se avizinham, caracterizados pela guerra, pela inflação, pela crise climática e elevada incerteza económica".

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O português Rui Duarte é um dos sete cidadãos que propuseram à Comissão Europeia institucionalizar o Dia Europeu "Whatever it Takes" para encorajar as instituições europeias a enfrentarem "com firmeza os tempos turbulentos que se avizinham".

Um grupo de sete cidadãos europeus apresentou uma Iniciativa de Cidadania Europeia para a institucionalização do Dia Europeu "Whatever it Takes", celebrando a frase com que, em 26 de julho de 2012, o então presidente do Banco Central Europeu (BCE) pôs fim à crise das dívidas soberanas: "O BCE está pronto para fazer o que for necessário para preservar o euro".

Naquela data, quando as elevadas taxas de juro dos mercados da dívida ameaçavam vários países europeus e perturbavam a integridade da União Económica e Monetária, Mario Draghi acrescentou: "Whatever it takes" (custe o que custar, na tradução em português).

O momento "Whatever it Takes" ou "Momento WiT", foi o ponto de viragem para as economias europeias em maiores dificuldades e, a partir dessa altura, para a recuperação macroeconómica da União Europeia.

"A frase de Mario Draghi, o "Momento WiT", representou em 2012 uma mudança histórica no rumo da crise das dívidas soberanas, momento esse que salvou o euro e mudou o BCE para melhor", lembrou Rui Duarte, o português natural de Coimbra, que é o primeiro subscritor da Iniciativa de Cidadania Europeia que foi entregue em Bruxelas, na semana passada.

Segundo o subscritor, o manifesto é "um apelo público para a institucionalização do "Dia Europeu Whatever it Takes", o "Dia WiT", em 26 de julho, com o objetivo de marcar na história da Europa este momento de resiliência funcional e capacidade de resposta coletiva das instituições europeias".

"Dez anos após as "três palavras mágicas" de Draghi que mudaram o curso de uma crise que deixou a zona euro à beira do colapso, a Europa navega hoje, uma vez mais, por águas desconhecidas que exigem uma extraordinária capacidade de ação coletiva", afirmou Rui Duarte.

A proposta de celebrar um Dia Europeu "Whatever it Takes" é "um ato simbólico de europeísmo e uma alavanca para encorajar as instituições públicas europeias a enfrentarem com firmeza os tempos turbulentos que se avizinham, caracterizados pela guerra, pela inflação, pela crise climática e elevada incerteza económica".

Este ano, a celebração da data ainda não será institucional, uma vez que a iniciativa apresentada em Bruxelas pretende que "ela possa ser institucional".

"Esta iniciativa nossa visa dar força formal, dar força de lei, de jurisdição europeia, para que o dia possa ser assinalado formal e solenemente", disse Rui Duarte à agência Lusa.

O primeiro subscritor do manifesto adiantou que o processo começou no assinalar dos dez anos da afirmação de Mario Draghi, num momento "em que a Europa se depara com um cenário de múltiplas crises e desafios".

Os subscritores da iniciativa de cidadania apresentada à Comissão Europeia são cidadãos unidos pelo europeísmo de sete nacionalidades: Áustria, Roménia, Espanha, Chéquia, Itália, Bélgica e Portugal.

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