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Incêndio que deflagrou em Vilar de Mouros entra em fase de resolução

14 jul, 2022 - 11:20 • Lusa

“Passámos uma noite de sobressalto porque, apesar de haver algum controlo sobre o fogo, havia muitos fogachos que se reacendiam e isso junto a casas é igual a sobressalto”, diz autarca de Caminha.

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O incêndio que deflagrou ontem em Vilar de Mouros, concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, está em resolução depois de uma “noite de sobressalto” devido a reacendimentos, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara.

“Passámos uma noite de sobressalto porque, apesar de haver algum controlo sobre o fogo, havia muitos fogachos que se reacendiam e isso junto a casas é igual a sobressalto”, afirmou à agência Lusa o socialista Miguel Alves.

O autarca referiu que, pela manhã, a “situação estava mais controlada”, realçando ainda a mobilização de um meio aéreo (helicóptero ligeiro) que, “logo à primeira hora do dia”, foi até Lanhelas onde andou a “apagar fogo atrás das casas que estavam mais ameaçadas”.

“A situação neste momento é de alguma serenidade e a sensação de controlo. As equipas vão manter-se posicionadas, algumas foram rendidas, e as equipas municipais quer de sapadores, quer de funcionários com cisterna estão também no local, porque achamos que a tarde pode ser complicada, com algum vento a entrar de sul”, explicou Miguel Alves.

O incêndio teve início pelas 14:00 de quarta-feira, em Vilar de Mouros, estendeu-se a Lanhelas, obrigou ao corte durante quase cinco horas da Autoestrada 28 (A28) e foi dado como estando em resolução pelas 10:00 de hoje.

Miguel Alves disse que o fogo queimou “muita floresta”, que circunda a nascente de Vilar de Mouros e de Lanhelas, e referiu que “estiveram sob ameaça não só casas, como também pequenas fábricas, carpintarias e até um armazém de pirotecnia”. “E tudo foi debelado”, frisou.

O autarca apontou que durante o combate a este incêndio três bombeiros tiveram de “ser retirados”, na quarta-feira, por “alguma exaustão”, pois vinham já de outro fogo em Lindoso (Ponte da Barca), e um outro bombeiro de Vila Praia de Âncora sofreu uma fratura óssea, durante uma mudança de um pneu de um camião.

De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 11:00, estavam no local cerca de 40 operacionais com 14 viaturas.

Ainda de acordo a ANEPC, no distrito de Viana do Castelo, mantém-se ativo um outro incêndio que começou em Cidadelhe, Lindoso, no concelho Ponte da Barca, o qual mobiliza, esta manhã, 44 operacionais, 14 viaturas e dois meios aéreos.

O alerta para este fogo foi dado às 23:39 de terça-feira.

O Governo decidiu hoje prolongar de sexta-feira para domingo a situação de contingência em Portugal Continental devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45 graus celsius em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

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