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Proteção Civil. Portugal sem incêndios ativos significativos e com menos ignições

11 jul, 2022 - 13:25 • Lusa

Os fogos que deflagraram em Pombal e Ourém, apesar de dominados, são motivo de preocupação devido ao risco de reacendimento.

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Portugal continental está sem incêndios ativos significativos, anunciou esta segunda-feira a Proteção Civil, sublinhando, no entanto, que os fogos que deflagraram em Pombal e Ourém, apesar de dominados, são motivo de preocupação devido ao risco de reacendimento.

O ponto de situação foi feito pelo comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, pouco depois das 12h00, durante um "briefing" aos jornalistas na sede da ANEPC, em Carnaxide, Oeiras, no distrito de Lisboa.

Segundo o comandante, foram registados 30 incêndios até às 12h00, "não havendo nenhum significativo ativo", referindo que, em comparação com outros dias, foi "invertida a tendência de subida de ignições", já que se registaram 35 no dia 8 (sexta-feira), 46 no dia 9 (sábado) e 43 no dia 10 de julho (domingo).

"As ocorrências que tiveram origem nos dias dia 7, 8, 9 e 10 de julho encontram-se todas numa fase de dominadas, estando em fase de estabilização do perímetro de incêndios", sublinhou.

O incêndio que começou na quinta-feira à tarde no concelho de Ourém e que alastrou a Alvaiázere (Leiria) e Ferreira do Zêzere foi considerado dominado cerca das 8h00, permanecendo no terreno 601 operacionais, apoiados por 199 veículos e quatro meios aéreos.

Já o fogo que começou na sexta-feira no concelho de Pombal, e que se estendeu a Ansião, distrito de Leiria, foi considerado em resolução às 8h30 de hoje, estando a ser combatido 271 operacionais, com o apoio de 85 viaturas e um meio aéreo.

O comandante nacional da ANEPC explicou que, apesar de os incêndios estarem dominados, a "qualquer altura, dadas as condições meteorológicas e de orografia", podem ocorrer reacendimentos, uma vez que, frisou, deverá haver um agravamento da situação meteorológica.

"Todos somos agentes da proteção civil. Não podemos baixar a guarda e devemos manter a descida das ignições. Tolerância zero", disse André Fernandes, apelando à população para não usar máquinas e estar vigilante, enaltecendo também a cooperação das populações com os operacionais nas áreas com incêndios, salientando que tal "permitiu as evacuações por precaução" e sem incidentes.

De acordo com o comandante nacional da ANEPC, a previsão para a parte da tarde é de "agravamento", com a possibilidade de "reativações", pelo que importa manter o dispositivo no terreno, sendo este atualmente de cerca de 1.500 operacionais.

"Vamos fazer tudo para que nenhuma reativação fuja do controlo. Podem ser violentas e alguma coisa pode correr menos bem. Pedimos à população para que se afaste das zonas [afetadas] e o facto de não haver feridos graves [nestes incêndios] também se deve às medidas de autoproteção da população", sublinhou.

Portugal continental entrou às 00h00 de hoje em situação de contingência, que deverá terminar às 23:59 de sexta-feira, mas que poderá ser prolongada caso seja necessário.

A declaração da situação de contingência foi decidida devido às previsões meteorológicas para os próximos dias, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, segundo disse, no sábado, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Devido à situação de risco, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a Comissão europeia mobilizou, no domingo, dois aviões espanhóis para combater os incêndios no território português.

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