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Morte de menina em Setúbal "choca todos", diz ministra

23 jun, 2022 - 14:30 • Ricardo Vieira

Mariana Vieira Silva diz que eventuais falhas no falhas no sistema de ajuda a crianças em risco devem ser analisadas para que "possam ser corrigidas”.

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A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, diz que o caso da menina morta em Setúbal é chocante. Jéssica estaria referenciada como estando em situação de risco.

“Obviamente, aquilo que aconteceu é algo que choca todos, qualquer um de nós, e depois o caso concreto tem o local próprio para ser investigado, para procurarmos sempre identificar as falhas no sistema - e não relativamente ao caso concreto - para que possam ser corrigidas”, declarou Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira.

Se comentar, em concreto, o caso da menina morta em Setúbal, a ministra da Presidência recorda o trabalho que tem vindo a ser realizado para proteger as crianças em contexto de violência doméstica.

“Não comentando o caso concreto, cujos contornos não conheço, tem sido sempre uma das preocupações do Governo até no que diz respeito ao combate à violência doméstica a integração do tema da proteção de crianças no seio destas medidas.”

Mariana Vieira da Silva assinala a “crescente articulação com a rede que responde aos problemas de violência doméstica e a rede que assegura a proteção às crianças e jovens em risco”.

“Esse é um dos eixos fundamentais das transformações que temos procurado introduzir”, sublinhou.

De acordo com a governante, “na sequência de um trabalho que foi feito pela equipa multidisciplinar no âmbito da resposta à violência doméstica esse tinha sido um dos temas assinalados que tem tido uma evolução grande, desenvolvendo medidas dirigidas a este grupo com uma alteração da própria legislação na Assembleia da República para melhorar a proteção das crianças”.

A ama da menina de três anos que morreu, em Setúbal, o marido e a sua filha foram detidos por suspeita de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão.

O casal terá emprestado dinheiro à mãe da criança e decidiram raptá-la até receberem a quantia em dívida.

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  • sofia
    24 jun, 2022 lisboa 18:11
    Concordo com o leitor Raul Silva, mas vou mais longe: uma mulher jovem, saudável não trabalha por que razão? Esta "mãe" não provia para a sua filha por que razão? Atribuindo RSI e abonos este Estado socialista/comunista não faz mais que financiar a miséria, não apenas a miséria material mas também a espiritual e ética. Sem trabalho, sem uma vida integrada e estruturada, não há valores; o ser humano liberta o pior dos seus instintos, o descontrolo emocional que fez esta mulher recorrer a substancias ilegais, que depois não conseguiu pagar, preferindo entregar a própria filha ao sacrifício. Esta morte devia encher de vergonha qualquer político no exercício de funções, PR incluído. Tenho vergonha de ser portuguesa e fazer parte de um país que convive com a violência, cada vez mais frequente, contra crianças. Quantos mais casos serão precisos para que alguma coisa mude?
  • Raul Silva
    23 jun, 2022 Cacém 17:55
    Se o sistema de ajuda a crianças não estivesse cheio de clientela partidária incompetente talvez funcionasse melhor.

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