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Monkeypox. Pedro Simas diz que fim da vacinação da varíola pode justificar crescimento dos casos

05 jun, 2022 - 23:11 • Liliana Monteiro , João Carlos Malta

Nesta altura, existem 780 casos confirmados em laboratório registados em 27 países, entre eles Portugal que conta com 143 casos.

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O virologista Pedro Simas, que tem estudado as várias variantes da varíolas, diz que o Monkeypox é um vírus que causa uma infeção benigna, tem diagnostico fácil e a vacina pode controlar o vírus. E é precisamente o fim da vacinação para a varíola que pode justificar o número de casos crescente em faixas mais jovens da população.

“O facto de estar a aparecer noutros países e em pessoas mais novas pode ter uma explicação. Nos anos de 1970 e 1980 praticávamos a vacina da varíola, e entretanto deixámos de vacinar. Isso protegia-nos de variantes de outras espécies. É possível que a população esteja mais desprotegida porque a vacina conferia imunidade para o resto da vida”, explica à Renascença, Pedro Simas.

A Organização Mundial da saúde diz que o risco global associado à varíola dos macacos é moderado, mas alerta que esse risco para a saúde pública pode tornar-se alto se o vírus continuar a surgir em países onde nunca tinha sido detetado.

O virologista Pedro Simas diz que o facto do risco passar a moderado não significa maior risco para a saúde pública.

“É uma questão epidemiológica, uma questão técnica, de uma infeção que não existia a não ser em África, e agora passa a haver a consciencialização de que existe. Mas não tem a magnitude nem o potencial de um vírus de transmissão respiratória como o coronavírus de causar uma pandemia”, tranquiliza.

Simas não acredita, portanto, que esta doença tenha o mesmo efeito epidemiológico que teve a Covid-19.

Varíola dos Macacos. Que doença rara é esta que está a crescer em Portugal?
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