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Bancos Alimentares. 670 toneladas de alimentos recolhidas no primeiro dia de campanha

29 mai, 2022 - 02:34 • Lusa

A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, diz que os pedidos de ajuda estão a aumentar e manifesta preocupações com o impacto da subida de preços na famílias mais carenciadas.

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No primeiro dia da campanha de recolha de alimentos nos supermercados, até às 21h30 de sábado, os Bancos Alimentares recolheram 670 toneladas de produtos, quase o mesmo que em maio de 2019.

"Numa ronda pelos Bancos Alimentares às 11 da noite [23:00], que são dados relativos às 21:30, tínhamos recolhido 670 toneladas de produtos, que compara com 684 toneladas em maio de 2019", afirmou já hoje à Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet.

Portanto, salientou, "é praticamente o mesmo que em maio de 2019", ressalvando não ter os dados de Braga e Santarém e que estes não eram os valores finais do primeiro dia de recolha, porque muitos supermercados no país só fecham à meia-noite.

Isabel Jonet reafirmou não recear que haja menos doações este ano do que em 2019, mas admitiu que a tipologia de produtos doados é um pouco diferente.

"Hoje as pessoas dão mais massa do que arroz, porque a massa é mais barata do que o arroz, dão menos atum. Hoje também há menos enlatados, porque não há alumínio que vinha das geografias que estão em guerra", afirmou, salientando, contudo, que "a campanha vai ser idêntica à de maio de 2019, porque há muitas pessoas que dão", embora possam talvez "dar um bocadinho menos".

Quanto aos pedidos de ajuda, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome disse estarem a aumentar, "não só por parte das pessoas, como por parte das instituições, porque muitas ainda não viram renegociados os seus acordos com a Segurança Social e têm que dar a resposta nas valências de lares e de creches, a fazer a comida, e está tudo mais caro".

Isabel Jonet manifesta também preocupações com o impacto da subida de preços nas famílias mais carenciadas. "Estas pessoas estão a sofrer mais este impacto porque os orçamentos familiares não esticam para poderem acomodar mais acréscimos de preços", declarou à Lusa.

A recolha de alimentos promovida pelos Bancos Alimentares regressou no sábado aos supermercados, numa campanha que prossegue hoje, envolvendo cerca de 40 mil voluntários.

Os bens recolhidos serão depois encaminhados para os armazéns do Banco Alimentar de cada região para posterior entrega às entidades beneficiárias.

Em paralelo, as pessoas podem ainda contribuir até 05 de junho, através da campanha "Ajuda de Vale", com vales disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras específico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no 'site' www.alimentestaideia.pt, um portal de doações 'online'.

O Presidente da República visitou, no sábado, as instalações do Banco Alimentar em Lisboa.

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