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Ministro da Educação quer mudar e melhorar formação dos professores

24 mai, 2022 - 00:20

No rescaldo da apresentação do primeiro estudo sobre saúde mental entre alunos e professores, João Costa anunciou ainda o prolongamento dos Planos de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário.

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O ministro da Educação, João Costa, quer mudar e melhorar a formação inicial de professores. O governante considera que essa é uma medida necessária para combater problemas de saúde mental entre professores e alunos.

Em declarações à Renascença, o ministro diz que o diálogo com o Ministério do Ensino Superior está em curso e identifica uma área essencial que precisa de ser melhorada.

“Mais do que a formação para as emoções, a formação para a diversidade. Os alunos que chegam à escola não são uma massa homogénea, trazem questões socioemocionais, trazem contextos de pobreza, trazem contextos de multilinguismo e, tradicionalmente, os professores não são formados para integrar a diversidade na questão curricular”, diz o ministro.

João Costa falava a propósito do primeiro estudo feito para avaliar o impacto da pandemia entre alunos e professores. O documento conclui que cerca de um terço dos alunos e quase 70% dos professores consideram que as suas vidas na escola ficaram pior depois da pandemia Covid-19.

No imediato, para ajudar a minimizar estes resultados, o ministro da Educação anunciou o prolongamento dos planos de desenvolvimento pessoal, social e comunitário que trouxe às escolas mais 1.100 técnicos.

“São programas, centrados no bem-estar, no bem-estar dos alunos, no bem-estar na escola, que são reconhecidos pelos diretores, nas reuniões que fizemos com os diretores por todo o país, e que em todas as sessões que fizemos os diretores nos pediram a continuidade destes programas por estarem a dar frutos nesta área”, explica.

Ainda sobre o papel dos docentes, João Costa alinha com a coordenadora do estudo, Margarida Gaspar de Matos, que considera os diretores de escolas peças essenciais.

O governante revelou que, no futuro, o perfil do diretor pode vir a sofrer alguns ajustes para melhorar a escolha dos candidatos a estes cargos.

João Costa anunciou ainda que este estudo sobre o bem-estar socioemocional de alunos e professores vai voltar a ser feito daqui a dois anos para avaliar a evolução da situação.

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  • ex-professor
    24 mai, 2022 5 de outubro 17:40
    Tipico do PS: uma data de golpes de rins, de rodeios, de fugas à questão, de iniciativas pífias que não resolvem nada mas ocupam espaço nos telejornais para dar a entender que estão a fazer alguma coisa, quando pouco ou nada estão a fazer pela falta de professores. Há falta de professores, porque a carreira não é aliciante - está tudo preparado para "prender" os professores em escalões inferiores e as regras para o topo, estão viciadas - nem compensadora do ponto de vista de remuneração - prendem-se professores na precariedade de baixos salários onde ficam 20 ou 30 anos. E enquanto a carreira não for atrativa, o problema não será resolvido. E como para ser atrativa é preciso desapertar os cordões à bolsa...

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