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Covid-19. Linhagem BA.5 da Ómicron já é dominante em Portugal

18 mai, 2022 - 03:28 • Lusa

Dados do Instituto Ricardo Jorge apontam para uma frequência relativa de 80% desta variante, antes do final do mês de maio.

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A linhagem BA.5 da variante Ómicron tem apresentado uma frequência relativa "marcadamente crescente", estimando-se que já seja dominante em Portugal, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

"Após a sua primeira deteção na semana 13 (28 de março a 3 de abril), a linhagem BA.5 tem apresentado uma frequência relativa marcadamente crescente, estimando-se que já seja dominante em Portugal (frequência relativa estimada de 63,6% ao dia 15 de maio)", salienta-se no relatório sobre a diversidade genética do coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal.

No último relatório do INSA foi projetada a tendência de crescimento a 15 dias da linhagem BA.5 em Portugal, e os dados obtidos desde então têm tido uma grande sobreposição com a projeção, consolidando que a linhagem BA.5 poderá atingir uma frequência relativa de 80% a 22 de maio.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já admitiu que essa linhagem, que apresenta várias características genéticas consideradas de interesse pelos especialistas, caso de mutações com impacto na entrada do coronavírus nas células, pode ser mais transmissível do que a BA.2, mas ressalvou que ainda não existem dados que comprovem que provoca covid-19 mais grave.

Segundo o INSA, a linhagem BA.2 apresenta uma tendência decrescente na sua frequência relativa, estimando-se que representasse 36,4% das amostras positivas a 15 de maio.

A sublinhagem BA.2.12.1 foi detetada consecutivamente nas últimas duas amostragens aleatórias por sequenciação entre os dias 25 de abril e 08 de maio, e em três das sete regiões, sugerindo um aumento da sua circulação em Portugal.

Segundo o INSA, a frequência relativa da linhagem BA.1 atingiu um máximo na semana de 10 a 16 de janeiro (95,6%) altura em que iniciou uma tendência decrescente. Estima-se que a sua circulação seja residual atualmente, tendo sido detetada uma frequência inferior a 1% desde a semana de 18 a 24 de abril).

Relativamente à linhagem BA.3, não foi detetado qualquer caso em Portugal desde a 20 de março, enquanto que a linhagem BA.4 não foi detetada, até à data, no país.

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