Tempo
|
A+ / A-

Europol

Rede internacional de burlões usava cartas com promessa de herança

03 mai, 2022 - 11:56 • Diogo Camilo

PJ participou em operação coordenada pela Europol que culminou na detenção de 16 pessoas. Esquema de "cartas da Nigéria" que lesou vítimas em milhões de euros usava o falso falecimento de um familiar em Portugal.

A+ / A-

A Polícia Judiciária anunciou, esta terça-feira, a detenção de 16 pessoas que pertenciam a uma rede internacional de burlas do tipo “cartas da Nigéria”, numa operação coordenada pela Europol e com colaboração de autoridades espanholas, britânicas e americanas.

Em comunicado, a PJ refere que foram realizadas 26 buscas, domiciliárias e não domiciliárias em Portugal, que culminaram na detenção de 13 homens e três mulheres, todos estrangeiros, com idades entre os 26 e 53 anos, pelos crimes de associação criminosa, burla qualificada, falsificação de documentos e branqueamento. Destes 16 detidos da operação chamada "Inheritance", a 14 foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Foram ainda apreendidas dezenas de milhares de cartas, etiquetas, impressoras e equipamento informático utilizado na produção das cartas, além de telemóveis e dinheiro. A rede atuava pelo menos desde 2019, tendo lesado em milhões vítimas de países como Estados Unidos da América, Suíça, França, Noruega, México, Alemanha, Polónia e outros.

Nas cartas enviadas, a rede invocava a existência de uma alegada herança da qual as vítimas seriam beneficiárias, devido ao falecimento de um familiar seu, residente em Portugal.

“Após resposta à carta, era solicitado às vítimas, maioritariamente idosos, o envio de documentação diversa, designadamente cópia do respetivo documento de identificação, entre outros dados pessoais”, refere a PJ em comunicado, indicando que era depois pedido às vítimas o pagamento de montante que a rede dizia ser de custos como seguros, taxas bancárias ou impostos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+