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Direito de Resposta

30 abr, 2022 - 12:59

A Renascença recebeu um pedido de direito de resposta da Google à série de artigos publicada em 19 de abril de 2022, intitulada "Pegada Digital".

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Confunde-se, geralmente, que os serviços de informação podem ser úteis e importantes sem a utilização de qualquer informação. Muitos milhões destes serviços dependem de ferramentas básicas, de serviços de análise a kits de desenvolvimento de software, para funcionar.

Considere que, ao reservar uma viagem, pode usar o seu nome, endereço e informações de cartão de crédito que guarda na companhia aérea. Quando usa uma aplicação de partilha de viagens, ela poderá recordar-se da localização de sua casa ou escritório. Pode também verificar as condições do trânsito no Google Maps — informações que estão disponíveis enquanto benefício coletivo graças à utilização de dados de localização agregados. Quando compra algo online poderá usar um carrinho de compras.

É vital que os serviços de Internet respondam às preocupações das pessoas sobre se há muitos dados recolhidos sobre elas, como são recolhidos, se estão seguros e protegidos e se as pessoas têm escolha nesta matéria. A abordagem atual à publicidade digital, em particular, é baseada em tecnologia herdada de 1994. Ela não é sustentável. A web está a sofrer uma erosão em termos de confiança. As pessoas podem também ter ouvido falar sobre um mundo sombrio de intermediários de dados (“data brokers”) que compram e vendem informações pessoais para atores dos quais nunca ouviram falar, para fins que não podem ver ou controlar, de formas que podem comportar risco para a sua privacidade e segurança.

A Google acredita que responder a estas preocupações é fundamental para proporcionar à internet um futuro sustentável e viável. A lei de proteção de dados na Europa conduziu a um caminho global ao colocar limites na recolha e utilização de informação. A Google está comprometida em cumprir a legislação europeia e ir ainda mais longe para reforçar a confiança dos utilizadores nos nossos serviços – incluindo tendo sido a primeira empresa a ajudar as pessoas a descarregar ou transferir os seus dados quando desejam migrar para outros serviços, a primeira a disponibilizar a opção de “eliminação automática” para a localização, a web, o histórico de visualização e muito mais.

Por sua vez, o Google Analytics não serve anúncios, não cria perfis de indivíduos e não faz rastreamento de indivíduos em websites, ao contrário de muitas das alegações nesta série de artigos. (Em qualquer situação, os dados são totalmente controlados pelo website ou aplicação que os utiliza, não pela Google.) Além disso, a versão padrão do Google Analytics 4 não regista nem guarda endereços IP. A Google já proíbe estritamente o uso de publicidade com base em informações sensíveis como saúde ou religião, bloqueia publicidade personalizada para menores de 18 anos e proporciona escolha e controlo sobre se algum histórico de navegação é usado para publicidade.

Não fomos abordados para fazer comentários sobre esta série de artigos, razão pela qual não conseguimos esclarecer previamente nenhum destes factos básicos. É decepcionante ver imprecisões e distorções, quando o que as pessoas querem é contexto que as ajude a avaliar as suas preocupações justificadas e as medidas que podem tomar para se protegerem – incluindo escolher serviços em quem possam confiar”.

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