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Ucrânia

PCP rejeita “sentimentos xenófobos” no acolhimento a refugiados em Setúbal

29 abr, 2022 - 13:55 • Lusa

Os comunistas garantem que o trabalho que é feito no município sadino, liderado por um autarca do PCP, é caraterizado por “critérios de integração e amizade”.

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O PCP sustentou esta sexta-feira que o trabalho desenvolvido com imigrantes no município de Setúbal, liderado por um autarca eleito pela CDU, “caracteriza-se por critérios de integração”, rejeitando exclusões ou “sentimentos xenófobos” no acolhimento a refugiados.

Numa curta resposta enviada à agência Lusa, o PCP refere que “o trabalho com imigrantes que há muito se desenvolve no município de Setúbal caracteriza-se por critérios de integração e amizade entre os povos onde não prevalecem nem exclusões nem sentimentos xenófobos”.

O partido argumenta que num momento em que “se impõe um reforço do apoio aos refugiados, em particular aos ucranianos, esta conceção humanista é ainda mais importante”.

A Câmara Municipal de Setúbal é liderada por André Martins, militante do Partido Ecologista "Os Verdes", eleito nas últimas autárquicas pela Coligação Democrática Unitária (CDU), da qual fazem parte o PCP e o PEV.

Segundo revelou esta sexta-feira o jornal Expresso, pelo menos 160 refugiados ucranianos já terão sido recebidos por Igor Khashin, antigo presidente da Casa da Rússia e do Conselho de Coordenação dos Compatriotas Russos, e pela mulher, Yulia Khashin, funcionária do município setubalense.

De acordo com o Expresso, Igor Khashin, líder da Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), subsidiada desde 2005 até março passado pela Câmara de Setúbal, e a mulher terão, alegadamente, fotocopiado documentos de identificação dos refugiados ucranianos, no âmbito da Linha de Apoio aos Refugiados da Câmara Municipal de Setúbal.

De acordo com o Expresso, Igor Khashin e a mulher terão também questionado os refugiados sobre os familiares que ficaram na Ucrânia, mas a Câmara Municipal de Setúbal garante que “nunca foi feita tal pergunta”.

O jornal Expresso refere ainda que Igor Khashin é um dirigente associativo com dupla nacionalidade, que se apresenta como “gestor de projetos”, e que as associações a que terá estado ligado estavam nos sites da Ruskyi Mir e da Rossotrudnichestvo, instituições estatais criadas pelo Kremlin para divulgar a cultura e o mundo russos, mas que, segundo fontes citadas pelo jornal, “podem servir de cobertura a elementos dos serviços secretos” da Rússia.

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