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Guerra na Ucrânia. Lisboa já recebeu mais de 5.500 pedidos de proteção temporária

12 abr, 2022 - 16:37 • Ana Carrilho

A comunidade ucraniana já é a segunda entre os residentes estrangeiros em Portugal. O número de cidadãos ucranianos quase duplicou desde o início da invasão pela Rússia.

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Quase 30 mil ucranianos que fugiram da guerra já pediram proteção temporária ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e Lisboa um dos municípios que regista maior número de pedidos.

Em declarações à Renascença, a vereadora responsável pelos Direitos Humanos e Sociais, Laurinda Alves, revelou que até ontem, dia 11 de abril, Lisboa tinha recebido 5.530 pedidos, 4.062 de pessoas do sexo masculino e 1.468 do sexo masculino. Entre estes refugiados, há muitas crianças, mas a esmagadora maioria tem entre 18 e 34 anos.

Laurinda Alves sublinha o enorme crescimento que a comunidade registou desde o início da invasão da Ucrânia. “Antes da invasão, viviam cá 27.200 ucranianos e agora vivem 56.518. Ou seja, passou a ser a segunda comunidade residente em Portugal, substituindo o Reino Unido.” [a maior comunidade é a brasileira, com mais de 200 mil pessoas]

A estes mais de 56.500 ucranianos há que juntar outros 15 mil que, por diversas razões, já têm a nacionalidade portuguesa.

No entanto, a comunidade ucraniana em Portugal ainda deverá crescer consideravelmente com a chegada do segundo fluxo de refugiados.

Os países vizinhos da Ucrânia, como a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia, estão a esgotar a sua capacidade para continuar a receber refugiados e a União Europeia vai distribuí-los pelos diversos estados-membros. Portugal ainda não sabe quantos recolocados irá receber, mas a vereadora de Lisboa frisa que isso irá acontecer de forma mais organizada do que tem acontecido até agora.

Para já, quem chega fica no Centro de Acolhimentos de Emergência 2 ou 3 dias, em média. Depois, os refugiados são reencaminhados para outros pontos do país, por organizações que estão no terreno, como a SCML, Misericórdias, associações de cidadãos ucranianos ou até familiares.

Segundo Laurinda Alves, na próxima semana, a autarquia vai aprovar um Plano de Integração destinado às pessoas que querem permanecer em Portugal e especialmente, em Lisboa. “Mas, até agora, a maior parte dos refugiados que chega quer regressar rapidamente à Ucrânia, à sua família e participar na reconstrução do país”.

A comunidade ucraniana já é a segunda entre os residentes estrangeiros em Portugal. O número de cidadãos ucranianos quase duplicou desde o início da invasão pela Rússia.

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