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Covid-19. Mortalidade com “tendência crescente”

08 abr, 2022 - 20:41 • Lusa

Documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) foi apresentado esta sexta-feira. Transmissão continua “elevada”.

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A transmissibilidade do coronavírus SARS-Cov-2 em Portugal é “muito elevada” e a mortalidade específica por Covid-19 "mantém a tendência crescente" desde a segunda quinzena de março, avança o relatório sobre a situação epidemiológica divulgado esta sexta-feira.

“Da análise dos diferentes indicadores, a epidemia de Covid-19 mantém uma transmissibilidade muito elevada, embora com ligeiro decréscimo”, adianta o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o relatório, a incidência cumulativa a sete dias foi de 602 casos por 100 mil habitantes em Portugal, “salientando-se a tendência crescente nos Açores, enquanto as restantes regiões apresentam uma tendência decrescente”.

Na segunda-feira, a mortalidade específica por Covid-19 estava nos 28,6 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, o que corresponde a um aumento de 2% relativamente ao período anterior, o que revela uma “tendência ligeiramente crescente”, indicam a DGS e o INSA.

Este valor continua a ser superior ao limiar de 20 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) e que constitui uma das referências determinadas pelo Governo para o país passar para um nível sem restrições de controlo da pandemia.

“A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica um reduzido impacto da pandemia na mortalidade”, adianta ainda o relatório da autoridade de saúde.

Quanto à pressão da Covid-19 sobre os serviços de saúde, o documento refere que o número de doentes em cuidados intensivos correspondia, na passada segunda-feira, a 23,5% do limiar definido como crítico de 255 camas ocupadas, ligeiramente mais reduzido do que os 23,9% do que na semana anterior.

Os hospitais das regiões Norte e Centro são os que apresentam maior ocupação das unidades de cuidados intensivos, “mas ainda distante do seu nível de alerta”, adianta o relatório, ao considerar que o sistema de saúde “apresenta capacidade de acomodar um aumento de procura por doentes com Covid-19”.

O documento avança ainda que a percentagem de testes positivos entre 29 de março e 04 de abril foi de 21%, valor que se encontra acima do limiar dos 4% e com tendência ligeiramente decrescente.

A frequência da linhagem BA.2 da variante Ómicron, considerada mais transmissível do que a BA.1, é de 98% em Portugal, enquanto a BA.1 é agora apenas responsável pelos restantes 2% das infeções no país.

“Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da Covid-19 e recomenda-se a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço”, aconselham a DGS e o INSA.

A covid-19 é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

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