Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Açores

Quase 25 mil sismos registados na ilha de São Jorge. 221 foram sentidos pela população

01 abr, 2022 - 15:38 • João Cunha com Redação

O balanço foi feito esta sexta-feira, com o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores a recusar a existência de uma migração de profundidade para a superfície.

A+ / A-

Quase 25 mil sismos foram sentidos em São Jorge, desde o início da crise sismovulcânica que tem afetado a ilha, de acordo com o mais recente balanço feito esta sexta-feira pelo CIVISA - Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores,

Os dados avançados pelo presidente deste organismo, Rui Marques, dão ainda conta que a população sentiu 221 desse total de sismos e que, desde a meia-noite até às 10h00 desta sexta-feira, mais nenhum foi sentido pela população.

“Neste momento, atingimos quase a marca dos 25 mil sismos desde o inicio desta crise, no dia 19 de março, às 16h05. Temos exatamente, 24.917 sismos até às 10h30 de hoje. Desde a meia-noite foram registados 397 eventos. No total, 221 sismos sentidos pela população e, hoje, desde a meia-noite, ainda não foi sentido nenhum sismo”, revelou, Rui Marques.

E, desde esta sexta-feira que se regista uma redução na frequência diária dos sismos, embora esta continue muito acima do que é considerado normal para aquele arquipélago.

“Desde ontem temos uma ligeira redução na frequência diária dos sismos e temos nesta altura, uma média de 800 por dia. Embora pareça menos do que aquilo que tínhamos inicialmente, é uma frequência diária muito acima daquilo que é o normal para a Região Autónoma dos Açores”, acrescenta o mesmo responsável.

Em Rosais, próximo de Velas, já se registaram sete sismos, com profundidades inferiores aos até aqui registados. Rui Marques explica, contudo, que não há uma explicação entre estes e todos os outros já registados pela ilha, daí que não se deva alarmar as populações.

“Não deve alarmar e não devemos considerar que há uma migração de profundidade para a superfície”, adianta o presidente do CIVISA.

Entretanto, o Serviço Regional de Bombeiros e Proteção Civil decidiu levar a cabo ações junto dos bombeiros, para recordar e melhorar a formação em matéria de busca e salvamento em cenário de catástrofe, no caso de necessidade.

Estão a ser feitos “refrescamentos de ações de formação” aos operacionais no terreno para atuação em situações de catástrofe, ao passo que os ‘drones’ fizeram o “reconhecimento nos portos”, tanto na costa sul, como na costa norte.

A intenção, segundo Eduardo Faria é que estejam, desde já, “identificadas as condições de operação nos portos”.

Por outro lado, está concluído o plano de retirada da população para o caso de haver um episódio de maior magnitude – sismo ou erupção vulcânica.

“Estão definidos todos os caminhos de evacuação”, disse.

Por outro lado, o “campo militar está completamente autónomo, com capacidade total”, depois das viaturas que chegaram esta manhã, nomeadamente uma ambulância militar.

Foi ainda feita uma reunião com as forças de segurança sobre as zonas de triagem e acolhimento de população caso seja necessário fazer uma evacuação, disse.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+