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Combustíveis. Apoios do Governo são "insuficientes e não resolvem o problema"

08 mar, 2022 - 19:40 • Filomena Barros com Redação

ANTROP e ANTRAM consideram que as medidas anunciadas pelo Governo não chegam. O preço dos combustíveis deverá sofrer um novo aumento máximo semanal na segunda-feira

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O setor dos Transportes consideram que as medidas do Governo para combater a subida dos preços dos combustíveis não são suficientes.

O preço dos combustíveis deverá sofrer um novo aumento máximo semanal na segunda-feira, com o litro da gasolina a subir 12 cêntimos e o do gasóleo 18 cêntimos.

Cabaço Martins, presidente da Associação Nacional dos Transportes de Passageiros (ANTROP) considera a situação muito preocupante.

"Os apoios que o Governo anunciou, embora sendo positivos, são insuficientes e são pontuais. Não conseguem resolver o problema estrutural", diz, ouvido pela Renascença.

O dirigente da ANTROP insiste em medidas mais permanentes, como o desconto do imposto sobre os produtos petrolíferos, além das medidas mais a curto prazo.

Cabaço Martins lembra que, neste setor, as empresas não podem refletir o aumento dos cutos nas tarifas cobradas aos passageiros.

"Para acudir esta situação excecional devem ser reforçados os apoios financeiros do Governo e, por outro lado, logo que a Assembleia da República esteja a funcionar, haver a inicativa do Governo no Orçamento do Estado de criar um regime fiscal diferenciador para os transportes públicos, incluindo o chamado gasóleo profissional", defende.

"Ação tem que ser imediata"

Já Pedro Polónio, da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), indica que o impacto da subida dos combustíveis reflete-se no consumidor e não será de forma gradual.

"O impacto já se está a sentir. Estamos a falar de aumentos de 10% e 15% numa semana e que se vão repetir para a próxima. A ação do Governo tem de ser imediata", afirma, também ouvido pela Renascença.

A ANTRAM também considera que as medidas do governo são "insuficientes", mas é preciso também deixar o mercado a funcionar.

"Estamos a ser confrontados com aumentos de tal maneira violentos que os preços têm de subir. As pessoas devem preparar-se", avisa.

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