03 mar, 2022 - 08:07 • Olímpia Mairos
As queixas contra os prestadores de serviços de comunicações aumentaram 1% em 2021 face ao ano anterior. Segundo o relatório anual da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), foram registadas 128,5 mil reclamações no ano passado, mais 1,1 mil do que em 2020.
As comunicações eletrónicas foram o sector mais reclamado, com 80,7 mil reclamações, o que corresponde a 63% do total de reclamações, menos 8% face a 2020, mas ainda longe dos valores registados no período pré-pandémico (+10,7 mil reclamações face a 2019).
A ANACOM explica que as comunicações eletrónicas foram o setor mais reclamado, com 80,7 mil reclamações, o que corresponde a 63% do total de reclamações, menos 8% face a 2020, mas ainda longe dos valores registados no período pré-pandémico (+10,7 mil reclamações face a 2019).
Já os serviços postais, continuaram a crescer, o que se verifica desde 2019, tendo registado um aumento de 20% (+8,1 mil reclamações) em 2021. Este setor foi responsável por 47,8 mil reclamações, 37% do total de reclamações, detalha a ANACOM.
No setor das comunicações eletrónicas, a Meo foi o prestador de serviços mais reclamado, com 35% do total das reclamações, seguida da Nos, com 32%, da Vodafone, com 30% e da NOWO com 4%.
O relatório da ANACOM detalha ainda que entre os prestadores mais reclamados, " a Nos foi também o que registou o maior número de reclamações por mil clientes (10), acima da média do sector (7). Seguiram-se a Vodafone (7) e a MEO (6)”.
A faturação de serviços é o tema que concentra mais queixas, com 26% do total de reclamações do settor, dominado sobretudo pelas queixas sobre a cobrança de valores considerados indevidos por não concretização de condições acordadas e por serviços não prestados ou consumos não realizados.
Destaque também para as questões relacionadas com a contratação de serviços, com 24%, em particular, a ativação de serviços sem consentimento e as falhas nos serviços, com 21%.
Atrasos na entrega dominam reclamações no setor postal
Segundo os dados da ANACOM, o atraso na entrega, sobretudo de objetos postais internacionais, e as dificuldades na entrega ao domicílio dominaram as reclamações sobre serviços postais, tendo sido mencionados em 27% e 25% das reclamações deste sector, respetivamente.
Os CTT são o operador com mais reclamações no setor, correspondendo a 86% das reclamações registadas, mais 10,9 mil reclamações ou 36% face a 2020.
Aumentaram sobretudo as reclamações relacionadas com o desalfandegamento de objetos postais (9%), em virtude das novas regras relativas à circulação postal proveniente de fora do espaço da União Europeia, que entraram em vigor na segunda metade do ano.