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Educação

Exames do secundário ainda sem decisão

03 mar, 2022 - 20:36 • Fátima Casanova

A Renascença apurou que os peritos da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior estão disponíveis para reunir assim que recebam a proposta do Governo.

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Da reunião da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior desta quinta-feira não resultou qualquer parecer sobre os exames nacionais do ensino secundário.

Fonte contactada pela Renascença diz que os peritos aguardam pela proposta do Governo para emitir parecer.

Em causa está saber se se mantêm as regras dos anos anteriores, quando os exames nacionais só foram feitos pelos alunos que queriam entrar no ensino superior.

O Conselho de Ministros esteve reunido esta quinta-feira, mas também não foi anunciada qualquer decisão sobre os exames do ensino secundário.

A Renascença apurou que os peritos estão disponíveis para reunir assim que recebam a proposta do Governo.

Os professores defendem que os alunos do secundário devem realizar apenas os exames de acesso ao ensino superior e as provas devem voltar a ter perguntas de opção, segundo um inquérito realizado pela Fenprof.

"Este ano letivo está a ser tudo menos normal e para um ano excecional tem de haver, mais uma vez, medidas excecionais", disse à Lusa o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), referindo-se ao impacto da pandemia de covid-19 nas escolas que levou ao isolamento de milhares de alunos, turmas e professores.

Mário Nogueira afirmou que este seria o ano de implementação de planos de recuperação dos alunos, no âmbito do Plano Escola+ 21|23, "mas os professores estiveram focados e a trabalhar para conseguir que não se continuassem a perder matérias".

A posição da Fenprof baseia-se nas respostas de 114 diretores de agrupamentos que foram questionados sobre as condições que encontraram para implementar os planos de recuperação dos alunos.

O Conselho das Escolas recomendou a suspensão das provas de aferição do ensino básico e dos exames do 9.º ano, à semelhança dos dois últimos anos letivos, mantendo os exames finais do secundário como provas de ingresso.

Numa recomendação publicada no sábado, o órgão consultivo do Ministério da Educação defende que, pelo terceiro ano consecutivo, não se realizem as provas de aferição do 2.º, 5.º e 8.º anos, nem os exames finais do 9.º ano.

Quanto aos exames nacionais do 11.º e 12.º anos, o Conselho das Escolas (CE) entende que devem servir novamente apenas como provas de ingresso ou para melhoria de nota, o que significa que os alunos ficam dispensados de realizar exame às disciplinas que não queiram utilizar na candidatura ao ensino superior.

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