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Covid-19. Ciberataque contra laboratório teve impacto no boletim da DGS

10 fev, 2022 - 17:05 • Ricardo Vieira, com Lusa

Direção-Geral da Saúde estima que os problemas verificados nos Laboratórios Germano de Sousa "resultem numa quebra de casos positivos entre 5% a 10%".

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O ataque informático contra os Laboratórios Germano de Sousa (GS) teve impacto no número diário de novos casos de Covid-19 desta quinta-feira, adianta Direção-Geral da Saúde (DGS).

"Estima-se que os problemas verificados nos Laboratórios Germano de Sousa resultem numa quebra de casos positivos entre 5% a 10% do total de casos apresentados, assumindo uma positividade semelhante à registada na semana anterior", refere a DGS.

"As notificações em atraso serão integradas no Boletim Diário assim que a situação for ultrapassada", esclarece o gabinete da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Portugal regista esta quinta-feira mais 47 mortes e 27.651 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

Com esta atualização, o país ultrapassa os três milhões de infeções confirmadas desde o início da pandemia, em março de 2020. No total, são agora três milhões e 25 mil casos por Covid-19 em quase dois anos.

Nos hospitais portugueses, no conjunto de enfermarias e unidades de cuidados intensivos, há 2.366 pessoas internadas com Covid-19, menos 69 em relação ao boletim de ontem.

Ciberataque não compromete dados dos utentes

O grupo Germano de Sousa, que foi hoje alvo de um ataque informático, afirmou “não existir qualquer evidência” de que os dados dos doentes tenham sido comprometidos, adiantando que está a colaborar com as autoridades competentes.

“A nossa equipa de cibersegurança está em estreita articulação com todas as autoridades competentes, nomeadamente, a Polícia Judiciária, a CNPD [Comissão Nacional de Proteção de Dados] e o Centro Nacional de Cibersegurança”, adianta em comunicado o grupo detentor de uma rede de laboratórios de análises clínicas espalhadas pelo país.

Segundo o grupo Germano de Sousa, o ciberataque, ocorrido na madrugada de hoje, foi “deliberado e criminoso com o objetivo de causar danos e perturbações à sua atividade e aos seus doentes”, mas “não existe qualquer evidência” de que os dados dos seus doentes tenham sido comprometidos.

Afirma ainda no mesmo comunicado que “monitoriza continuamente a segurança da sua infraestrutura e dos seus sistemas de informação”, tendo detetado de imediato o ataque informático.

“Foram tomadas medidas técnicas de contenção de forma a garantir a proteção de todos os sistemas”, refere, acrescentando que estão a trabalhar para que a atividade retome a normalidade o mais breve possível.

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