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Conselho Nacional da Educação

​Escola pública vai perder quase 20 mil professores nos próximos sete anos

03 fev, 2022 - 14:17 • Fátima Casanova , Cristina Nascimento

O envelhecimento da classe verifica-se em todos os níveis de ensino e que é de prever que as aposentações acelerem nos próximos anos.

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A escola pública pode perder quase 19.500 professores nos próximos sete anos, estima o Conselho Nacional de Educação (CNE).

No relatório do Estado da Educação, a que a Renascença teve acesso, o CNE fez as contas ao número de docentes com mais de 60 anos. Este órgão consultivo em políticas educativas avisa que o envelhecimento da classe verifica-se em todos os níveis de ensino e que é de prever que as aposentações acelerem nos próximos anos.

Por outro lado, o CNE alerta para a dificuldade em contratar professores devidamente habilitados e que, na última década, os cursos da área da Educação foram os que registaram a maior quebra de alunos, dando como exemplo uma quebra superior a 50% no ano letivo 2019/2020, quando ingressaram no curso de educação básica pouco mais do que 600 alunos.

No Ensino Superior, o documento destaca que, em 2019, pela primeira Portugal regista uma taxa de inscritos pela primeira vez no ensino superior, de estudantes com idade inferior a 25 anos, acima das médias da OCDE e da UE22.

Já sobre as áreas de formação com menor propensão ao desemprego, o documento destaca Matemática e estatística (1,7%) e entre as cinco áreas com maior propensão a de Serviços sociais (9,7%).

O documento refere ainda que mais de 80% de crianças, jovens e adultos inscritos em todos os níveis de educação e ensino frequentavam o sistema público de educação e que o setor privado “assume maior expressão na educação pré-escolar, com 53% das crianças inscritas”.

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  • Luís
    21 mar, 2022 Porto 09:55
    O problema grave que há actualmente com a carreira de professor tem a ver principalmente com a falta de estabilidade da mesma, principalmente no início de carreira. Uma pessoa pegar e ir "de armas e bagagens" para qualquer lugar sem ter um projecto de trabalho estável e duradouro não é uma ideia atraente de maneira nenhuma. Eu não sou professor, mas conheço alguns e conheço quem já tenha desistido da carreira exactamente por isso. É preciso dar boas condições para quem quiser COMEÇAR a sua carreira docente. Sem isso não conseguem ter professores em condições.
  • José Leal
    03 fev, 2022 Lousada 18:22
    Boa tarde É de lamentar a forma como esta senhora da Comissão Nacional de Professores, que diz que os professores ganham mal no início da carreira. Má afirmação, porque essa senhora deve estar no topo, os novos, a grande maioria, não vai conseguir ganhar metade dos professores que estão no topo carreira, e quando essa senhora diz que os professores são colocado longe é porque escolhem, pois se assim não for não tem colocação, mas essa senhora não deve ter passado o que passam muitos professores, e um mal deste país é termos demasiadas pessoas com idade avançada à frente das instituições.

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