Cinco detidos por crimes de roubo agravado na operação "Game Over"

Cinco homens foram detidos em Lisboa pela prática de mais de duas dezenas de crimes de roubo agravado, homicídio qualificado, na forma tentada, detenção e uso de arma proibida, no âmbito da operação “Game Over”.

Três estrangeiros e dois portugueses, com idades entre os 25 e os 41 anos, foram localizados e detidos após a prática de mais um crime de roubo, ocorrido em Lisboa, ao final da manhã de quinta-feira.

“Embora existam suspeitas da ocorrência de crimes anteriores, a atividade criminosa do grupo intercetado acentuou-se, substancialmente, a partir do início do mês de dezembro de 2021, até ao dia de ontem [quinta-feira]”, refere a Polícia Judiciária em comunicado.

Durante a detenção, os suspeitos, que se encontravam no interior de três viaturas, “reagiram com violência”, procurando atropelar os agentes.

Os suspeitos tinham na sua posse produto do roubo que tinham cometido pouco antes da detenção, uma arma de fogo, diversos artefactos próprios para utilização em crimes de roubo, como luvas, gorros e artigos de vestuário.

A PJ adianta ainda que estão a decorrer diligências para a recuperação de objetos, artigos de joalharia e dinheiro.

Em conferência de imprensa realizada ao final da manhã, o coordenador da Judiciária, Pedro Maia, destacou a violência do grupo, mas sobretudo o elevado número de crimes que vinha praticando.

“A partir da segunda metade do mês de novembro, prolongando-se depois por todo o mês de dezembro e até ao dia de ontem, o ímpeto agressivo e a frequência das notícias de crime foi avassalador. Chegou a haver períodos de tempo em que havia praticamente um crime destes dia sim dia não, e houve mesmo dias com dois crimes desta natureza. São indivíduos com vasta experiência criminal, que já foram condenados por crimes análogos e com essa experiência tentavam cometer estes crimes deixando o mínimo rasto possível”, relatou.

Os cinco arguidos detidos serão presentes às autoridades judiciárias, para efeitos de primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

[Notícia atualizada às 14h00 com declarações da conferência de imprensa]