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Defesa de Rendeiro diz que há erro no processo de extradição para Portugal

20 jan, 2022 - 22:24 • Redação

A defesa do ex-banqueiro diz que há "um erro" no pedido de extradição entregue pela Procuradoria-Geral da República e que vai recusar a extradição para Portugal.

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O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, regressa esta sexta-feira ao tribunal de Durban. Na audiência marcada para esta sexta-feira, a defesa do arguido vai recusar a extradição para Portugal, avança o Jornal de Notícias, que cita declarações da advogada de Rendeiro.

June Marks garante também que a defesa irá recorrer a todas as instâncias, inclusive ao Tribunal Constitucional, para evitar que o antigo banqueiro cumpra pena numa cadeia portuguesa.

Ao jornal Público, a advogada afirmou que há "um erro" no pedido de extradição entregue pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sem adiantar de que erro se trata. "Sabemos que existe pelo menos um erro e estamos a pedir para ver toda a documentação para saber se há mais”, disse June Marks ao diário.

A advogada confirma também que Rendeiro está doente, mas afirma que o ex-banqueiro permanece na cela com outros reclusos e nega que tenha sido transferido para a enfermaria da cadeia de Westville, como tinha noticiado o Correio da Manhã.

Apesar de estar ainda com tosse e febre, a advogada adianta que Rendeiro irá à audiência.

João Rendeiro estava em fuga da justiça portuguesa depois de ter sido condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.

Das três condenações, uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.

O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

João Rendeiro disse aos jornalistas que não tenciona voltar a Portugal e chegou mesmo a sugerir um perdão por parte do Presidente da República. A defesa do ex-presidente do BPP fez um pedido de libertação na África do Sul.

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