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Sindicato faz balanço positivo da greve de quatro dias nos "call centers"

01 jan, 2022 - 15:49 • Lusa

Protesto é sobretudo "um alerta para os governos, que continuam a apostar nas empresas de trabalho temporário, e uma chamada de atenção para a importância desta atividade durante a pandemia".

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O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center (STCC) faz um “balanço positivo” da greve de quatro dias realizada para alertar para a importância do setor durante a pandemia e chamar a atenção do Governo para os problemas laborais.

O dirigente sindical Danilo Moreira acrescentou, no entanto, não ser possível indicar números concretos de adesão à greve, tendo em conta que existem mais de 400 'call centers' no país e cerca de 110 mil trabalhadores no setor, muitos em regime de teletrabalho.

"Sabemos que houve trabalhadores que aderiram aos quatro dias, mas outros que aderiram só a dois dias por questões de salário", indicou Danilo Moreira.

O dirigente do STCC sublinhou que a greve é sobretudo "um alerta para os governos, que continuam a apostar nas empresas de trabalho temporário, e uma chamada de atenção para a importância desta atividade durante a pandemia".

A greve é também "uma das etapas" para os trabalhadores conseguirem aumentos salariais e para lutarem pelo reconhecimento da profissão, acrescentou.

Danilo Moreira lembrou que há quase três anos foi discutida no parlamento uma petição com o objetivo de esta atividade ser considerada uma profissão regulamentada e que o Governo se comprometeu na altura a realizar um estudo nesse sentido, mas até agora nada foi feito.

Estavam abrangidos pelo pré-aviso de greve todos os trabalhadores que prestem serviço na área dos 'call centers' e 'contact centers', em trabalho presencial ou teletrabalho, bem como nas áreas administrativas, em todo o território continental e nas regiões autónomas.

Já os trabalhadores que prestam serviços "socialmente imprescindíveis", como na linha SNS24 ou linha apoio à vida, bem como no apoio ao INEM ou às forças de segurança, estiveram excluídos deste aviso.

"Infelizmente, e num setor cujas entidades patronais incluem alguns dos maiores grupos económicos e 'marcas' nacionais e internacionais, os trabalhadores continuam a viver de baixos salários", notou, acrescentando que estes profissionais, assumem, cada vez mais, um trabalho considerado como "imprescindível", apesar de continuarem "sem sequer terem a sua profissão reconhecida e valorizada".

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