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CENSOS 2021

A viver cada vez mais sozinhos. Um terço dos agregados tem duas pessoas e um quarto uma

16 dez, 2021 - 12:05 • Lusa

Resultados dos Censos apontam para uma diminuição geral da dimensão de agregados na última década.

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Um terço dos agregados domésticos em Portugal tem duas pessoas, enquanto um quarto são pessoas que vivem sozinhas, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), que regista uma diminuição geral da dimensão de agregados na última década.

Os números constam dos resultados provisórios do Censos 2021, cuja segunda fase de divulgação começou no dia de hoje.

Os agregados com duas pessoas são a maior parte, representando 33,3% do total e os unipessoais são 24,8% do total, com um aumento de 18,6% em relação a 2011.

É na Área Metropolitana de Lisboa que os agregados domésticos com uma pessoa representam a fatia maior (28,2%), enquanto a menor se regista na Região Autónoma dos Açores, onde 20,3% são agregados unipessoais.

O INE regista que os agregados de maior dimensão "têm vindo a perder expressão", com os agregados de quatro pessoas a representaram 14,7% (menos 1,9 pontos percentuais que em 2011) e os agregados com cinco pessoas 5,6% (menos nove décimas percentuais).

"Estas alterações ao nível da dimensão das estruturas familiares são resultado das tendências verificadas ao nível dos padrões de fecundidade, nupcialidade e divorcialidade e que concorrem para agregados domésticos mais pequenos", refere o organismo.

Em 2021, existem 4.149.668 agregados domésticos privados (mais 2,6% do que em 2011) e 5.476 agregados institucionais (mais 13,3%).

O maior aumento dos agregados domésticos verificou-se na região do Algarve (6,3%), seguido da Região Autónoma dos Açores (4,4%), Área Metropolitana de Lisboa (04%), região Norte (3,8%), Região Autónoma da Madeira (2,2%) e região Centro (0,5%).

A região do Alentejo, com menos 3,7% de agregados domésticos privados, foi a única onde se verificou uma redução.

A dimensão média dos agregados domésticos privados é de 2,5 pessoas, menos 0,1 do que em 2011 e é nas regiões autónomas onde se verificam agregados maiores: 2,8 nos Açores e 2,6 na Madeira.

Em alguns municípios açorianos, como Ribeira Grande, Lagoa e Vila Franca do Campo, a dimensão média dos agregados supera as três pessoas.

A fase de recolha do Censos2021 decorreu entre 05 de abril e 31 de maio e os dados referem-se à data do momento censitário, dia 19 de abril.

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