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Testes Covid. ​Farmácias admitem constrangimentos, mas afastam rutura de stock

29 nov, 2021 - 18:19 • Sandra Afonso e Eduardo Soares da Silva

Farmácias chegam a realizar 35 mil testes diários e podem aumentar capacidade.

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A Associação Nacional de Farmácias (ANF) admite que a procura de testes à Covid-19 aumentou, há alguns constrangimentos, mas afasta um cenário de rutura de stocks.

A presidente da ANF, Ema Paulino, diz à Renascença que aumentou a procura tanto para autotestes como agendamento de testes nas farmácias, numa altura em que há um agravamento da situação pandémica.

Ainda assim, Ema Paulino garante que não há rutura de stocks, apenas constrangimentos, em resolução ao nível da distribuição. Na próxima semana já deverá estar tudo normalizado.

“Houve uma procura maior do que aquela que estava a ocorrer e houve alguns constrangimentos em termos de acesso a testes, que algumas farmácias ainda estão a observar. Houve necessidade de os distribuidores farmacêuticos fazerem rateio, distribuir quantidades controladas às farmácias de forma a que pudessem distribuir pelo maior número de farmácias possível. A informação que temos é que, para a semana, a situação se encontrará regularizada, uma vez que os próprios fornecedores dos testes adequaram a sua própria procura aos fornecedores internacionais.”

As farmácias não anteveem dificuldades na oferta de testes, numa altura em que estão a ser realizados até 35 mil testes diários.

“De momento, ainda sentimos que estamos a corresponder. Conseguimos fazer, em dias de maior afluência, mais de 35 mil testes por dia nas farmácias. As farmácias estão a estudar formas de poder ainda responder mais à população e mais farmácias estão a organizar-se para poder participar”, afirma a presidente da ANF nestas declarações à Renascença.

Os testes têm o preço ou a margem fixa, mas isso não impede oscilações quando há picos na procura e constrangimentos na oferta, admite Ema Paulino.

A presidente da Associação Nacional de Farmácias deixa um apelo à população, para que agende com tempo os testes para a Covid-19.

"Tínhamos bastantes autotestes, mas no fim de semana acabaram"

No coração de Vila Nova de Gaia, a Farmácia Portela já não tem autotestes, como revela a farmacêutica Natália Estevães à Renascença: "Há um aumento grande nos últimos dias, hoje principalmente, mas no fim de semana verificou-se um aumento gradual da procura. Tínhamos bastantes autotestes, mas no fim de semana acabaram".

A maioria das pessoas que procura os testes é para despiste, devido ao aumento de casos nas últimas semanas: "Há uma procura grande para entrar em eventos, mas para despiste tem sido maior".

A Farmácia Leonardo é um estabelecimento de menor dimensões, também em Gaia, e a subida de preços é um obstáculo para garantir o "stock".

"Temos tido uma procura maior e somos impactados por uma dificuldade em arranjar os autotestes a preços competitivos. Espero que não esgotem, estamos a tentar encomendar nova remessa. Falhando, as pessoas vão ter de recorrer aos testes comparticipados, que também são uma problemática. Estamos a fazer os impossíveis para dar resposta, mas não é fácil e os preços também estão a subir e as comparticipações não", reconhece Natália Fernandes, diretora técnica da farmácia.

Nesta farmácia, já só é possível marcar um teste antigénio a partir do dia 9 de dezembro.

A procura de autotestes Covid-19 aumentou cerca de dez vezes no fim de semana nos supermercados e grandes superfícies, avança o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Em declarações à Renascença, Gonçalo Lobo Xavier explica que o aumento foi impulsionado sobretudo pela procura nos grandes centros urbanos.

Os stocks estão já a ser reforçados, garante a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, que afasta para já problemas de abastecimento ou impacto nos preços.

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