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Gouveia e Melo contra obrigação da vacina da Covid-19. “Não acho que vá ajudar”

23 nov, 2021 - 16:56 • Rosário Silva , Carla Fino , Marta Grosso

O vice-almirante participou na 1.ª edição do Open Day do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, onde falou sobre liderança.

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O vice-almirante Gouveia e Melo considera desnecessário tornar obrigatória a vacinação contra a Covid-19. Nesta terça-feira, em Évora, o ex-coordenador da “task-force” alertou para um efeito contrário ao pretendido.

“Não é por obrigar que se vai vacinar pessoas inexistentes. O que nós não estamos a vacinar são pessoas que as autoridades competentes disseram para não vacinar, portanto não acho que a obrigação da vacinação vá ajudar nalguma coisa - pelo contrário, pode criar até um certo antagonismo ao processo de vacinação, coisa que nunca tivemos em Portugal”, afirmou aos jornalistas, à margem do evento em que participava.

“Nós decidimos não vacinar as crianças abaixo dos 12 anos. A maior parte das pessoas não vacinadas são crianças abaixo dos 12 anos, portanto, foi uma decisão das autoridades competentes”, concretizou.

Recusando falar sobre o processo de vacinação em curso, Gouveia e Melo disse ainda que a quinta vaga deve ser encarada com otimismo, ainda que sem descurar os cuidados necessários e já conhecidos.

“Nós podemos encarar a quinta vaga com otimismo, o que não significa encarar de forma leve ou descontraída. Agora, claro que estamos mais protegidos com uma população mais vacinada, mas há preocupações que estão no ar e devemos ter todos os cuidados e mais alguns”, defendeu.

O vice-almirante participou na 1.ª edição do Open Day do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia, em Évora, onde falou sobre “A experiência da Task Force para a vacinação: liderança e colaboração”.

Durante a dua “talk”, defendeu que, em liderança, é preciso ter coragem de tomar decisões contra vontade de grupos ou de interesses.

“A liderança obriga também a boas decisões, a decisões que são consequentes, que cumprem com os objetivos e muitas vezes as decisões têm de ser feitas contra vontade de grupos ou de interesses”, afirmou.

“Tem de haver coragem para tomar essa decisão. E essa coragem, muitas vezes, quando há incerteza é preciso decidir com a boa informação que temos naquele momento”, acrescentou o antigo coordenador da “task force” para a vacinação contra a Covid-19.

Antes, na Universidade de Évora, participou noutra conferência sobre liderança.

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