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Falta de professores também já afeta colégios

22 nov, 2021 - 07:35 • Fátima Casanova , Olímpia Mairos

Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo pede reunião urgente ao Governo.

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A falta de professores também já está a pressionar os colégios, que se defendem com o aumento da carga horária dos docentes. Entre as disciplinas mais críticas estão a matemática, físico química, informática e inglês.

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) pede, por isso, ao Governo medidas imediatas.

Neste contexto, o diretor executivo da AEEP avança à Renascença que ainda, esta segunda-feira, vai seguir para o Ministério da Educação um pedido urgente de reunião.

Rodrigo Queiroz e Melo defende que é possível avançar já com soluções e refere que foi com “alguma surpresa” que ouviu “as notícias do Governo a anunciar que qualquer resolução deste problema teria que ser na próxima legislatura”.

“Se há questões de fundo, que admitimos que não é agora o momento para as lançar, há medidas muito imediatas que não têm qualquer custo financeiro que poderiam ser resolvidas já, nomeadamente ser emitida uma portaria da habilitação própria”, defende Rodrigo Queiroz e Melo, acrescentando que “ainda hoje deve seguir o pedido de reunião urgente”.

Segundo o diretor executivo da AEEP, "esta portaria é pré-Bolonha e, portanto, um licenciado em matemática, agora, não pode lecionar matemática no ensino secundário, sendo que aqui, a única questão é que se licenciou no pós-Bolonha”.

“É uma portaria muito simples e que permitiria recrutar aqui mais uns milhares de professores que não são via de ensino”, conclui Rodrigo Queiroz e Melo.

Comentários
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  • Jaime Macedo
    23 nov, 2021 Lisboa 12:25
    Caro Rodrigo Queiroz e Melo, então, no seu entendimento, para se ser professor já se dispensa a parte pedagógica? Qual é a ideia que tem da educação? Uma linha de montagem? O problema resolve-se a montante, tal como o dos médicos: criar condições de atratividade nas carreiras.
  • Fátima Fonseca
    22 nov, 2021 Lisboa 22:08
    Um licenciado de Matemática (ou outra licenciatura) pós-bolonha tem uma licenciatura de 3 anos e nenhuma cadeira pedagógica. Para ser professor, terá que fazer um Mestrado em ensino de Matemática (2 anos) onde terá cadeiras pedagógicas e terá uma iniciação à prática pedagógica. Um licenciado pré-Bolonha teve uma licenciatura de 5 anos onde se incluem cadeiras e estágio pedagógico. Querer recrutar "professores" que não são da via ensino, pós-Bolonha, é recrutar licenciados que na realidade não são professores, pois não têm formação para tal.

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