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Operação Miríade. Juiz Carlos Alexandre começou a identificar arguidos

09 nov, 2021 - 18:39 • Lusa

Entre os detidos, num total de 11, está um elemento da PSP e outro da GNR, suspeitos de tráfico de diamantes e ouro em missões militares portuguesas.

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O juiz de instrução Carlos Alexandre já iniciou a diligência de interrogatório dos 11 arguidos da Operação Miríade no Campus da Justiça, na sequência das detenções realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) na manhã de segunda-feira.

Segundo fonte do tribunal, o processo está neste momento na fase de identificação dos arguidos, que conta com mais um elemento em relação aos 10 mandados de detenção executados inicialmente anunciados pela PJ.

Paralelamente, um dos arguidos já terá demonstrado vontade de prestar declarações perante o juiz de instrução.

Entre os detidos pela PJ encontra-se um elemento da PSP que foi detido pela Polícia Judiciária por suspeitas de tráfico de diamantes e ouro em missões militares portuguesas, disse à agência Lusa fonte da Polícia de Segurança Pública.

Segundo a mesma fonte, o polícia, que já esteve nas Forças Armadas, estava ao serviço do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Também a Guarda Nacional Republicana avançou que a PJ deteve um guarda-provisório em formação, desde junho de 2021, no curso de formação de guardas em Portalegre, o qual ingressou na formação proveniente das Forças Armadas.

Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que "se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas", com vista ao branqueamento de capitais.

No mesmo dia, em comunicado, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) revelou que alguns militares portugueses em missões na República Centro-Africana podem ter sido utilizados como "correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes", adiantando que o caso foi reportado em 2019.

Segundo o EMGFA, "o que está em causa de momento é a possibilidade de alguns militares que participaram nas FND [Força Nacional Destacada], na RCA, terem sido utilizados como correios no tráfego de diamantes, ouro e estupefacientes" e que "estes produtos foram alegadamente transportados nas aeronaves de regresso das FND a território nacional".

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