23 out, 2021 - 15:15 • Maria João Costa
Um ano depois, a “Caminhada Pela Vida” regressou às ruas portuguesas. A iniciativa arrancou, este sábado, às 15h00 em Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Braga, Funchal, Guarda, Porto, Santarém e Viseu.
Foram muitas as caras jovens, famílias, grávidas, com pais e avós, que se juntaram nesta manifestação nacional em defesa da vida.
No Chiado, em Lisboa, estiveram parte das 15 mil pessoas que se manifestaram contra o aborto e a eutanásia.
"Em Lisboa temos preparada uma equipa de cerca de 100 voluntários, dos quais o mais velho tem 24 ou 25 anos. Este é uma causa que move a juventude. Há uma geração de jovens que não hesita em sair à rua para defender a vida”, afirmou José Maria Seabra Duque, coordenador da plataforma "Caminha pela Vida", em declarações à Renascença.
De camisolas vestidas com a frase “Sempre pela vida”, com cartazes pela mão, defenderam “a vida em todas as circunstâncias, desde a conceção até à morte natural”.
“Defender a vida é sempre um desafio", adiantou Afonso Virtuoso. O jovem de 25 anos marcou presença na manifestação que decorreu na Praça Camões, onde defendeu que é um "desafio fazer este debate, sobretudo com quem não concorda connosco, e fazê-lo respeitando as diferenças, mas sendo absolutamente claro na defesa da vida, um valor que deve ser protegido a todo o custo”.
Na capital, outras das vozes que se juntou ao movimento foi o economista João César das Neves, que sublinhou a necessidade de em tempos de escuridão, defender a vida.
“Não é para conseguir vitórias ou grandes transformações. Eu estou nisto, para que os nossos netos e bisnetos saibam que, nestes tempos de escuridão, havia quem defendesse os valores que vão certamente vigorar daqui a umas gerações”, adiantou, em entrevista à Renascença.
“Esse é o ponto fundamental, é marcar uma posição como aconteceu no passado. Outros tempos tiveram outras lutas, em momentos difíceis, e apesar disso havia quem marcasse essa presença. É isso que estamos aqui a fazer”, acrescentou o economista.
Foi da “Caminhada Pela Vida" que nasceu a Iniciativa Europeia “One of Us”, a Iniciativa Legislativa de Cidadão “Pelo Direito a Nascer” e a petição “Toda a Vida tem Dignidade”.
A Federação Portuguesa pela Vida recebeu em 2021 o Prémio Dignitas Personae, pela “forma como defendem a dignidade da pessoa” numa “sociedade desagregada” e que “permite que cada um decida por si”, da Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP).