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Greve na Transtejo vai afetar ligações entre 8 e 12 de novembro

21 out, 2021 - 15:19 • Ana Carrilho, com redação

A paralisação no serviço será de três horas por cada turno, apurou a Renascença.

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Os sindicatos vão convocar uma greve na Transtejo, que vai afetar ligações fluviais entre as duas margens dos Tejo, entre 8 a 12 de novembro.

A paralisação no serviço será de três horas por cada turno, disse à Renascença Paulo Lopes, dirigente da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores dos Transportes (Fectrans).

“Todos os sindicatos envolvidos na Transtejo vão apresenta pré-avisos de greve para dia 8, 9, 10 e 11. No dia 12, todos os sindicatos, ao mesmo tempo, apresentam um pré-aviso de greve conjunto, sendo que todas as greves são de três horas por cada turno. É uma semana de algumas dificuldades.”

A greve na Transtejo vai afetar as ligações entre Cais do Sodré-Cacilhas, Cais do Sodré-Seixal, Cais do Sodré-Montijo e Belém-Trafaria.

A convocação da paralisação acontece numa altura em que várias carreiras da Transtejo têm sido suprimidas devido à falta de recursos humanos.

Esta semana, a empresa que liga as duas margens do Tejo por barco anunciou a suspensão das carreiras da noite, na quarta e esta quinta-feira, entre o Cais do Sodré e Cacilhas, mas também de alguns ligações durante o período da tarde.

A listagem das supressões previstas pode ser consultada no site da Transtejo.

De acordo com os sindicatos, contactos pela Renascença, para que a Transtejo reponha a operação normal nas diversas carreiras, sem recurso a trabalho extraordinário, seria necessário contratar pelo menos mais 30 trabalhadores marítimos.

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse, na quarta-feira, que a atitude da Transtejo é inaceitável, mas o sindicalista Paulo Lopes remete as culpas para o próprio governante.

“É inaceitável da parte do senhor ministro dizer o que disse, porque ele sabe o que se passa na Transtejo há muitos anos. Desde 2016, que ele sabe que a Transtejo tem um défice de trabalhadores e que tinha de preparar a admissão de trabalhadores”, afirma o dirigente da Fectrans.

Paulo Lopes diz que os trabalhadores da Transtejo se fartaram de fazer trabalho extraordinário para assegurar as carreiras regulares.

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