10 out, 2021 - 12:56 • Redação
“Gratidão”. É com este sentimento que Marcelo Rebelo de Sousa começa por recordar os tempos vividos na Renascença na mensagem enviada a propósito da conferência internacional das rádios, que está decorrer em Lisboa - Radiodays Europe.
O Presidente da República começa por dizer que não queria deixar de estar presente. “Em primeiro lugar, por gratidão. Recordo com gratidão aquilo que devo à Renascença nas várias ocasiões que por ela passei. Tive a honra e o prazer de colaborar naquilo que é uma obra de dimensão e de relevância nacional. Por outro lado, porque a temática tratada é o mais atual possível: O futuro da comunicação social e, dentro dela, o futuro da rádio.”
Sublinhado o papel imprescindível que a comunicação social tem nas sociedades livres, pluralistas e democráticas, alerta para a crise que sobre ela se abateu gerada pela pandemia.
Segundo o chefe de Estado, a pandemia pôs a nu as debilidades estruturais e agravou-as, “descompensando as pessoas e desgastando as instituições”. Por isso, alerta para a necessidade de repensar nos efeitos estruturais da pandemia, como por exemplo, os comportamentos das pessoas. “Os avanços na tecnologia, as mudanças comportamentais e o desenraizamento das pessoas que, por um lado, pareciam reaproximar da rádio e de alguma Comunicação Social audiovisual…acabaram por afastar, deslaçando aquilo que é o tecido social. Quando isto acontece, mesmo os contactos de proximidade – como a rádio que é particularmente forte - que vinham do passado e tinham permanecido sofrem.”
Depois do diagnóstico, Marcelo Rebelo de Sousa aponta para o futuro que a rádio tem e já está a traçar. “A rádio ligada ao visual, às redes sociais, àquilo que são as novas séries, aos novos comportamentos e atividades das pessoas. Eu sei que tudo isso vai ser objeto da vossa atenção, análise e preocupação”, diz.
Nesta mensagem dirigida em especial aos profissionais do setor, o Presidente da República recorda que não há sociedade livre sem comunicação social e e que esta é necessária para combater populismos.
“Uma comunicação social fraca… significa uma sociedade civil fraca e uma democracia fraca. Isso é um risco imenso acrescido neste tempo de radicalismos, de imoderações, de chamados populismos, de movimento inorgânicos, de reconstrução de laços socias.”
Termina dizendo que gostaria de passar pelo evento para “dar um abraço que não seja digital”.
“Radiodays Europa” é uma conferência internacional que está a decorrer até segunda-feira. Junta profissionais do setor para debater o estado da rádio, depois de mais de ano e meio de pandemia e os desafios futuros.
Lisboa acolhe de 9 a 11 de outubro a Radiodays Eur(...)