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Covid-19. Lar da Santa Casa de Arouca já regista 82 infetados e três óbitos

08 out, 2021 - 20:47 • Lusa

Três pessoas estão hospitalizadas, de 68 utentes e 14 funcionários infetados com o novo coronavírus.

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A Santa Casa da Misericórdia de Arouca, onde segunda-feira foi detetado um surto de covid-19, regista três óbitos e 85 infetados por covid-19, sendo que, entre 68 utentes e 14 funcionários doentes, três seniores estão hospitalizados.

Segundo revela Vítor Brandão, provedor dessa instituição do distrito de Aveiro, os utentes que faleceram no Hospital São Sebastião, em Santa Maria da Feira, já tinham “uma idade muito avançada e uma saúde débil”, mas também houve uma sénior que, embora internada, “já recebeu alta médica e regressou ao lar de idosos”.

Desde a deteção inicial do surto, o aumento de 17 diagnósticos positivos ao vírus SARS-CoV-2 deve-se a uma segunda ronda de testes cujos resultados foram divulgados entre quarta e quinta-feira, depois de novos técnicos e moradores da unidade residencial da Misericórdia terem começado a evidenciar sinais da doença.

“Mas toda a gente está com sintomas ligeiros, sem especial gravidade”, garante o provedor.

Como Vítor Brandão já dissera à Lusa, o surto ter-se-á verificado porque, dada “a confiança” associada à vacinação contra a covid-19, “uns 30 e tal utentes quiseram ir a casa [de familiares] no fim-de-semana das eleições, para votar, e pelo menos um deles trouxe a doença no regresso” ao lar da Santa Casa

Dias após a ida às urnas, todos os utentes da Misericórdia receberam ainda a vacina sazonal contra a gripe, pelo que, aos primeiros sintomas de febre e mal-estar, a expectativa foi que esses sinais se devessem a essa última inoculação.

“Mas como sou médico e já ando nisto há muito tempo, achei melhor jogar pelo seguro e testámos logo toda a gente à covid-19, acabando por confirmar que, realmente, não se tratavam de sintomas gripais”, revelou Vítor Brandão na altura.

Uma vez testados todos os utentes e funcionários, a direção da Santa Casa separou então doentes de não-infetados, distribuindo-os por dois blocos do edifício e estabelecendo “circuitos de circulação distintos para cada um”.

Todos estão “isolados” da comunidade exterior e contactam com as famílias apenas por videochamada.

Segundo o mais recente balanço da agência noticiosa France-Presse, desde a descoberta do vírus SARS-CoV-2 em dezembro de 2019 a covid-19 já provocou mais de 4,83 milhões de mortes em todo o mundo, entre cerca de 236,6 milhões de infetados.

Em Portugal, onde o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado em março de 2020, a Direção-Geral da Saúde já registou 18.027 óbitos entre 1.074.109 casos de infeção confirmada.

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