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Governo vai decidir novo alívio de restrições após reunião no Infarmed

09 set, 2021 - 14:31 • Redação

"Viveremos com medidas obrigatórias e recomendações da DGS relativamente a algumas matérias", afirma a ministra Mariana Vieira da Silva. Reunião poderá acontecer dentro de três semanas.

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O Governo vai convocar uma reunião com especialistas, no Infarmed, para debater o alívio de restrições no âmbito da pandemia de Covid-19, avançou esta quinta-feira a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Portugal deverá atingir, "provavelmente dentro de três semanas", a meta de 85% da população com vacinação completa contra a Covid-19, um dos patamares para o levantamento de medidas, afirmou a governante.

"A intenção do Governo é que se realize uma nova reunião do Infarmed para debater este novo patamar e as medidas que se devem aprovar neste momento", disse Mariana Vieira da Silva, no final do Conselho de Ministros.

Para a ministra, é "claro que viveremos com medidas obrigatórias, com recomendações da DGS relativamente a algumas matérias, e esse é o enquadramento com que viveremos a partir de outubro".

"Cabe a cada um de nós, individualmente, sabendo o que está recomendado, cumprir aquilo que é recomendado pela Saúde pública, salientou.

"Não podemos assumir que existirá o fim total das restrições"

Questionada pela Renascença, a ministra da Presidência considera que, nesta altura, ainda não se pode pensar no levantamento de todas as medidas de contenção da pandemia de Covid-19, mesmo com uma larga maioria da população vacinada.

“Neste momento, creio que não podemos assumir que existirá o fim total das restrições porque a pandemia ainda existe, não foi declarado o seu fim", disse Mariana Vieira da Silva.

"O que acontece é que atingimos um patamar de vacinação que permite levantar e aliviar algumas dessas restrições e mudar algumas regras. É esse trabalho de identificação dessas medidas que está já a ser feito, que será objeto de uma reunião [no Infarmed] antes das decisões poderem ser tomadas”, sublinha.


DGS vai detalhar recomendações sobre máscaras

A obrigatoriedade de uso de máscara na rua vai acabar no próximo domingo, dia 12. A ministra da Presidência explica que cabe agora à Direção-Geral da Saúde fazer recomendações sobre as circunstâncias em que a máscara deve continuar a ser utilizada.

"Deixando de ser obrigatória a utilização de máscara na rua, quando não era possível manter a distância, são recomendações da DGS em que situações é que a utilização da máscara deve continuar. Cabe a DGS agora detalhar essas circunstâncias”, refere.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, defendeu na quinta-feira que a máscara deve continuar a ser usada no recreio das escolas e em eventos no exterior.

Questionada se o Governo vai esclarecer a situação nas escolas, Mariana Vieira da Silva explica que a DGS e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares vão responder às questões que forem sendo suscitadas.

“Existe uma estrutura de acompanhamento entre a DGS e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para responder às questões que se coloquem por parte das escolas quer elas sejam mais específicas e locais ou nacionais. É nesse âmbito que as respostas as questões que existam serão dadas e são esses os ministérios que darão as respostas, Saúde e Educação”, explica a governante.

Em relação ao debate sobre a necessidade de uma terceira dose da vacina para a Covid-19, a ministra diz que também vai se analisada na reunião do Infarmed.

"A DGS já tomou decisão sobre um grupo de pessoas com um conjunto de doenças que as torna mais vulneráveis. Esse é um debate eminentemente técnico que existe também agora na Europa. Esse é um dos temas que está em discussão e será também um dos temas da reunião que se realizará”, disse Mariana Vieira da Silva.

Portugal regista, nesta quinta-feira, mais 1.408 casos de Covid-19 e 10 óbitos associados à doença provocada pelo novo coronavírus, indica o boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS).

A região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) volta a ser a que mais infeções e mais mortes regista: mais 500 casos e três mortes nas últimas 24 horas.

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